sexta-feira, 15 de abril de 2016

Analise do Filme : Uma Lição de Amor




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O filme mostra uma história, relatando as dificuldades de sobrevivência de um adulto, pela sua capacidade intelectual sendo diagnosticado e comparado com uma criança de sete anos de idade, deficiente mental (autista), ou seja, transtorno psicológico, abandonado pela mãe da criança que não queria responsabilidade. Mas lutou e criou Lucy, até os seus seis anos de idade, sem interferência judicial e ajuda dos amigos e madrinha, Sam Dowson dedicou um amor e incondicional de pai e filha, ou seja, havendo reciprocidade de forma ilimitada.
Sendo um pai presente de todas as formas ou buscava ser, carinhosamente, amável.O  importante para Sam, mesmo havendo limitações, fazia o possível para possibilitando a Lucy condições de crescer, sendo uma criança feliz de forma naturalmente, ou seja, sua condições financeiros ou intelectual não dificultasse, desenvolvimento intelectual dedicação carinho, atenção amor o que sobrava em Sam na criação e conviveu com Lucy mesmo sendo deficiente mental, era um amor sem limites, faltava na advogada e outros pais que no filme era bem sucedida e considerados pessoas normais, sensibilidade para demonstra amor pelos seus filhos.’ ‘
“ Para Wallon o desenvolvimento não começa cognitivamente a atividade da criança está principalmente voltada para a sensibilidade interna( visceral e afetiva), que abrange o primeiro ano de vida. A afetividade, na teoria, vai designar os processos psíquicos que acompanham as manifestações orgânicas das emoções “. (Dantas, 1990).
Diante do mundo capitalista,a advogada trabalhava para dar o melhor para o seu filho, esquecendo que o seu amor, sua presença, dedicação era  fundamental importância tanto quanto o conforto, na busca do melhor, nem sempre o que é oferecido bastava.Harrison poderosa, bem sucedida na sua profissão seu filho tinha quase tudo, porém, o mais importante não tinha o amor de seu pai e mãe, estavam sempre ausente na sua vida, ficando difícil conciliar o sucesso, o ter tudo, não significava dá amor, carinho, atenção, faltava convivência tornando seu filho rebelde revoltado.
A vara de Menores e família julgou Sam incapaz temporariamente de criar Lucy determinando até o julgamento que o melhor para a criança era, não permanecer no seu lar. Faltou sensibilidade da agente de ação social em perceber que mesmo diante das limitações de Sam Dowson, o tipo de família de Lucy era igual de muitas outras crianças, não simplesmente tradicional e sim composta por três membros pai, filha e madrinha, mesmo sentindo falta da mãe, esse direito estava sendo violentado no momento da separação.
Sam Dowson afirma para o promotor da Vara de Menores e Família: que o lugar de Lucy era no seu lar de origem, porque o pai é o único realmente que conhece sua filha, mesmo diante das suas limitações.
“É preciso ter constância, preciso ser paciente, e tratar com amor, fiz o melhor que pude e construir uma vida juntos”. (Sam Dowson)
Para Vygotski “a mudança individual tem sua raiz nas condições sociais de vida, assim, não é a consciência do homem que determina as formas de vida, mas é a vida que se tem que determina a consciência”.
O meio pelo qual a criança ou individuo vive é que determina seus valores, influenciando sua consciência moral, sendo assim o modo de vida que Lucy foi criada que determina ser uma criança saudável, meiga e educada.
Segundo Wallon “ O meio é um complemento indispensável ao ser vivo”. ( 1986,p.168).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

BAQUERO, Ricardo Vygotsky e a Aprendizagem Escolar, ed, Artmed, 2001
REGO, Teresa Cristina Vygotsky – Uma perspectiva Histórica- Cultural da Educação,3ª eol .Ed. Vozes.

Módulo, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem., Curso: Extensão em Pedagogia,profª Maria Mayer dos Santos, fevereiro, Salvador – Ba, 2016. Pags, 11, 82 e 88. www.vso- Software.fr

A influência dos Indígenas na Formação do Povo Brasileiro



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Os índios viviam livremente em meio à natureza pura, ou seja, eles viviam em meio a matas, dentro das florestas. Era neste meio que eles se estabeleciam e construíam as aldeias, que podemos dizer que eram uma espécie de vila indígena. Existiam inúmeras aldeias no Brasil, estas aldeias podiam ser de diferentes tribos, que são grupos de índios de uma mesma cultura (podemos assim dizer), de mesmos hábitos, costumes.
Neste período existiam inúmeras tribos indígenas como: a dos Tupi, dos Jê, dos Aruaque, dos Caribe, dos Charrua, dos Xiriana, dos Caiapó, etc. A união de todas estas tribos formava a Nação Indígena, que é a organização social dos índios.
Com o conhecimento dos nossos povos indígenas, incorporaram a base alimentar, constituída pelo plantio do milho, mandioca, abóbora, feijões, amendoim, batata-doce, cará entre outros. Adotaram produtos de coleta, compondo sua dieta com a extração do palmito e de inúmeras frutas nativas, como o maracujá, pitanga, goiaba, banana, caju, mamão e tantas outras. E, como complementos essenciais, apoiaram-se na caça e pesca.

Isso implicou na adoção de técnicas de plantio indígena e a utilização de artefatos como peneiras, os pilões, o ralo e o tipiti e outros artefatos que ainda hoje fazem parte da cultura rústica brasileira.


Os povos indígenas ensinou também a extraordinária capacidade de ajustamento ao meio demonstrada pelos nossos povos: conhecimento minucioso dos hábitos dos animais, técnicas precisas de captura e morte, incluindo inúmeras armadilhas. A lista de elementos apropriados das culturas dos nossos antepassados é enorme, não cabe aqui detalhá-la, mas apenas mencionar mais alguns itens, como as técnicas de fabrico e uso de canoas, da jaganda, de tapagem, redes e armadilhas de pesca, de cobertura de casas rurais com material vegetal e o uso de rede para dormir.

A influência indígena também se manifestou nas formas de organização para o trabalho e nos modos de sociabilidade. Em linhas bastante gerais, a colonização portuguesa dedicou-se à exploração intensiva de certos produtos valiosos no mercado internacional promovendo um verdadeiro saque (destruição) às nossas riquezas naturais e ambientais.
A emergência da questão ambiental nos últimos anos jogou outra luz sobre esses modos arcaicos de produção, demonstrando a positividade relativa dos modelos indígenas de exploração dos recursos naturais e do modelo da cultura rústica, parente mais pobre, mas valioso, dos modelos indígenas sustentável. Isto é conhecimento tradicional! Um conjunto de saberes e saber-fazer a respeito do mundo natural e sobrenatural, transmitido oralmente, de geração em geração. Para os nossos povos indígenas, há uma interligação orgânica entre o mundo natural, o sobre natural e a
organização social.

terça-feira, 12 de abril de 2016

O cangaço: PADRE CICERO E O cangaço político

O cangaço

No sertão do Nordeste brasileiro, as violentas disputas entre famílias poderosas e a falta de perspectivas de ascensão social numa região de grande miséria levaram ao surgimento de bandos armados, gerando o fenômeno do cangaço. Cangaço é a denominação dada ao tipo de luta armada ocorrida no sertão brasileiro, do fim do século XVIII à primeira metade do século XX. Cangaceiro era o homem que se dedicava a essa atividade, trazendo sempre atravessada nos ombros sua espingarda, como um boi debaixo da canga. Já no começo do século XIX, o cangaceiro trazia a tiracolo ou dependurada no cinturão toda sorte de armas suplementares, como longos punhais que batiam na coxa e cartucheiras de pele ou de couro, praticamente a mesma indumentária de Lampião, cem anos mais tarde.




O cangaço político resultou, muitas vezes, das rivalidades entre as oligarquias locais, e se institucionalizou como instrumento dessas oligarquias, empenhadas na disputa para consolidar seu poder. Mas no final do século XIX surgiram bandos independentes que não se subordinavam a nenhum chefe local, tendo sua origem no problema do monopólio da terra. Esse tipo de cangaço já existira no passado, em função das secas, mas não conseguira perdurar, eliminado pelos potentados locais, assim que se restabeleciam as condições normais de vida.

O primeiro dos grandes bandos independentes foi o de Antônio Silvino (1875), pernambucano que, desde jovem, na última década do século XIX, se dedicara ao cangaço a serviço da família Aires. A partir de 1906, afastou-se das lutas políticas e dos conflitos entre famílias, passando a lutar pela dominação armada de áreas do sertão. Atuou em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, espancando, assassinando, cobrando tributos e saqueando. Ferido em 1914, durante combate, foi preso e condenado a trinta anos de prisão em Recife, sendo indultado em 1937.



Os três tipos de cangaço muitas vezes coexistiram. O defensivo e o político ocorreram por todo o país e sobrevivem, a bem dizer, até os dias atuais. O independente, porém, tem localização certa no tempo, pois surgindo em fins do século XIX, praticamente desapareceu em 1939, com a morte de Corisco, o Diabo Louro, o mais famoso chefe de bando depois de Lampião. 

A extinção desse fenômeno social foi consequência sobretudo da mudança das condições sociais no país, das perspectivas de uma vida melhor que se abriam para as massas nordestinas com a migração para o Sul, e das maiores facilidades de comunicação, entre outros fatores. Mais de dez anos antes da morte de Corisco já os nordestinos começavam a migrar para as fazendas paulistas de café, em longas viagens a pé; de 1930 em diante, a industrialização no Sul, a abertura de novas frentes agrícolas, como a do norte do Paraná, e a interrupção da imigração estrangeira tornaram mais intensa a demanda de braços do Nordeste, trazendo, como consequência, uma intensa migração para o Rio de Janeiro e São Paulo.


Cícero Romão Batista

O relógio assinalava cinco horas quando Cícero Romão Batista nascia numa humilde casa de número 157 da Rua Grande, hoje Rua Miguel Limaverde, no Centro de Crato. O dia era 24 e corria o mês de março do ano de 1844, durante uma madrugada fria motivada pelo inverno e a tradicional temperatura amena inerente a uma cidade privilegiada por se localizar no sopé da Chapada do Araripe. Era o segundo filho do casal de agricultores Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana.
Oriundo de uma família pobre do sertão cearense, ele foi criado entre duas irmãs: “Mariquinha” e Angélica. Ainda jovem, com 18 anos, viu seu pai morrer vitimado por uma epidemia de cólera e, dezesseis anos após, a morte da irmã Angélica. Nesta época, já era o Padre Cícero Romão que acompanhava a recomendação do corpo da mana mais velha. Ele começou a sentir sua vocação para o sacerdócio após ter lido sobre a vida de São Francisco de Sales, fazendo voto de castidade ainda aos doze anos.

O ingresso no Seminário da Prainha, em Fortaleza, ocorreu quando tinha 21 anos de idade e, cinco anos após, já estava sendo ordenado. Padre Cícero retornou ao Crato no ano seguinte, mas sua identidade maior foi com o vilarejo denominado “Joazeiro”, pertencente àquele município. Daí em diante tornou-se o evangelizador e líder espiritual da comunidade, que passou a respeitá-lo. Faltavam apenas 18 dias para o sacerdote completar 45 anos quando um fato despertou a atenção de todos. Após consagrar a hóstia e pôr na boca da beata Maria de Araújo, viu a mesma transformar-se em sangue.
Segundo historiadores, a notícia correu e passou a atrair fiéis de todos os lugares. Enquanto a localidade ia se transformando num centro de romarias, Padre Cícero era suspenso das ordens. Muitas foram as versões para os fatos ainda hoje objeto de estudos. As peregrinações tiveram continuidade e até cresceram após a morte do “Padim”. Hoje, Juazeiro do Norte acolhe cerca de 2,5 milhões de romeiros por ano.
Canudos
A chamada Guerra de Canudosrevolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.
O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

Inicialmente, em Canudos, os sertanejos não contestavam o regime republicano recém-adotado no país; houve apenas mobilizações esporádicas contra a municipalização da cobrança de impostos. A imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com uma nova cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele novo local passaram a acusá-los disso, ganhando, desse modo, o apoio da opinião pública do país para justificar a guerra movida contra o arraial de Canudos e os seus habitantes.

Aos poucos, construiu-se em torno de Antônio Conselheiro e seus adeptos uma imagem equivocada de que todos eram "perigosos monarquistas" a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar no país o regime imperial, devido, entre outros ao fato de o Exército Brasileiro sair derrotado em três expedições, incluindo uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, também conhecido como "corta-cabeças" pela fama de ter mandado executar mais de cem pessoas na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina, expedição que contou com mais de mil homens. A derrota das tropas do Exército nas primeiras expedições contra o povoado apavorou o país, e deu legitimidade para a perpetração deste massacre que culminou com a morte de mais de seis mil sertanejos. Todas as casas foram queimadas e destruídas.

Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século 18 às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.

A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções.

GINÁSTICA GERAL

A GINÁSTICA GERAL



     A Ginástica Geral é uma modalidade esportiva que permite a participação de TODOS, independente de idade, gênero, classe social ou condições técnicas. Por meio de seus valores e regras flexíveis, ela permite a valorização do trabalho em grupo ao mesmo tempo em que valoriza a individualidade de cada pessoa que a pratica.
     É muito comum as pessoas confundirem GINÁSTICA GERAL com ginástica em geral. E o próprio nome dela permite essa confusão de ideias (geral é tudo, não?!). Então as pessoas acabam entendendo a modalidade como uma união de vários tipos de exercícios, tendo em vista a melhora do condicionamento físico de alguém; o que não está errado, pois a GG também é praticada por meio de diversas possibilidades de exercícios e pode contribuir para a melhora do condicionamento físico geral de um praticante. No entanto, a origem desse conjunto de inúmeros exercícios possíveis é o que caracteriza de fato a GG. É um esporte assim como o futebol, o basquete, a natação, o judô, etc. A diferença (e fundamental diferença) é que trata-se de um esporte não-competitivo, ou seja, ninguém ganha e ninguém perde na GG. Na verdade TODOS ganham por causa dos inúmeros benefícios que ela proporciona . Mas ela é considerada um esporte por estar vinculada e por ser orientada por uma federação esportiva, no caso a FIG (Federação Internacional de Ginástica). 
    Dessa forma, a GG é uma modalidade esportiva gímnica, assim como a Ginástica Artística, a Rítmica, a Acrobática, o Trampolim Acrobático, etc... Mas como já disse, ela é diferente dessas outras ginásticas por ser uma modalidade voltada essencialmente para o LAZER e não para a competição. Por ser uma ginástica, ela é composta por elementos ginásticos (técnicas) dessas outras manifestações gímnicas competitivas, mas também por elementos da ginástica na sua forma mais "básica" no que se refere à "essência do movimento humano" - o movimentar-se.
    Sendo assim, a GG é composta pelas práticas gímnicas competitivas,  bem como pelas práticas esportivas de uma forma geral (aí entram todos os esportes que você já viu na vida), pelas práticas circenses, pelas danças, pelas manifestações folclóricas, pelas lutas, enfim, por toda forma de movimentar-se do ser humano. E como é uma prática voltada para o lazer, ela também envolve outras áreas com a qual interagimos no nosso dia a dia, inclusive no nosso lazer, como as artes cênicas, as artes plásticas, as brincadeiras e jogos que aprendemos durante a nossa existência; e, de uma forma geral, a GG engloba também as nossas experiências de vida. 
     O produto final da GG é a elaboração de uma coreografia envolvendo essas possibilidades, no entanto nem sempre precisamos chegar a esse produto final, pois na GG o que importa é muito mais o processo do que o seu produto final.




ATLETAS DA GINÁSTICA GERAL

Mas, resumindo, tanto uma pessoa mais forte ou mesmo obesa, quanto uma pessoa mais leve ou magra podem participar de uma figura acrobática em GG, pois GG é para todos!!
Grupo japonês na XIV Gymnaestrada Mundial em Lausanne (Suíça) – 2011

              Além do caráter lúdico, as figuras acrobáticas podem ser utilizadas para expressar uma ideia ou imagem dentro de uma criação coreográfica de GG, ou seja, no produto final da modalidade. Para isso, é bem-vinda a criatividade e a flexibilidade que é valorizada na GG para unir a técnica da GACRO com a liberdade de expressão corporal prevista na GG. Na imagem ao lado, por exemplo, os atletas utilizam uma figura de baixa complexidade, mas com muito efeito, para simbolizar algo que lembra uma centopeia.
    Como a GG apresenta regras flexíveis, ela se diferencia das ginásticas competitivas justamente pela sua liberdade de expressão corporal, como já citei. Um exemplo disso é que, diferentemente da GACRO, na GG não existe limite de integrantes em uma mesma figura, nem mesmo uma regra específica no que se refere a gênero ou faixa etária. O que vale na GG é a criação e a arte. Sendo assim, na GG é possível criar figuras acrobáticas variadas, bem diferentes das figuras mais tradicionais que vemos na GACRO, previstas em regulamentos dessa modalidade. E é possível verificar um pouco dessa imprevisibilidade da GG nas imagens abaixo:


Grupo da Espanha na XIII Gymnaestrada Mundial em Dornbirn (Áustria) - 2007.
Como é possível ver, não existe um limite de integrantes em uma mesma figura acrobática.


Grupo Acrobático Guarujá na XIII Gymnaestrada Mundial em Dornbirn (Áustria) - 2007.
Formação livre de figuras que representam o contexto coreográfico proposto pelo grupo.


Grupo Independente de Ginásticas - SP.

Enquanto na GACRO tradicional, na categoria dupla mista, o homem sempre faz o papel de base da figura, aqui temos uma inversão, em que a ginasta faz uma ponte para atuar como base para outro atleta. Sem contar que aqui temos um trio misto, categoria que não existe na GACRO.
E quem não conhece a dupla Akróbatus??
Eles que utilizam vários elementos da GACRO (entre outras manifestações), mas de uma forma extremamente criativa e expressiva, ao estilo GG ;)
          
    E é bom reforçar que na GG não existe competição!! Portanto, não existe pontuação para as figuras acrobáticas, independente do nível de dificuldade das mesmas. Aliás, em muitas vezes, figuras acrobáticas simples e criativas são mais interessantes, dentro de um contexto coreográfico, do que figuras super complexas, mas de pouco efeito visual. Pra ser sincero (mas essa é a minha opinião), uma apresentação com muuuuuitas figuras acrobáticas complexas, em que o grupo perde mais tempo montando e desmontando suas pirâmides do que expressando a sua cultura ou o tema da coreografia em si, acaba se tornando cansativo de assistir. Mas repito, essa é a MINHA opinião...
   E para fechar a postagem de hoje, como gosto de fazer, vou deixá-los com alguns vídeos que mostram bem a diferença da GACRO em um contexto competitivo, em que as figuras acrobáticas são um FIM, de um trabalho de GG que se utiliza de figuras acrobáticas como um MEIO, seja a partir de figuras mais tradicionais e mais características da GACRO em si, ou mais expressivas e criativas como sugere a GG. É mais fácil entender isso que quis dizer assistindo aos vídeos.

  O primeiro vídeo é de uma série competitiva de GACRO na categoria trio feminino. É possível perceber que, apesar da coreografia em si ser bem expressiva, com uma intenção artística, o foco da apresentação está nas formações acrobáticas, ou seja, as figuras são um FIM e não um meio, justamente por elas estarem sendo julgadas a partir dessas figuras e dos elementos técnicos como um todo.






















OS SAIS MINERAIS E SUAS FUNÇÕES

Sais minerais" refere-se a minerais essenciais para o funcionamento do organismo humano. Esses sais minerais são compostos químicos inorgânicos encontrados em alimentos e são importantes para o equilíbrio e a saúde do corpo. Alguns exemplos de sais minerais incluem cálcio, ferro, zinco, magnésio e potássio. Esses minerais desempenham diversas funções no organismo, como fortalecer ossos e dentes, regular o metabolismo, manter a pressão arterial adequada e participar da formação de enzimas e hormônios. É essencial consumir uma dieta equilibrada e variada para garantir a ingestão adequada de sais minerais.


Cálcio:

É um dos elementos mais abundantes do organismo. Está presente em 1,5 a 2% do peso corporal e em 39% dos minerais corporais. Entretanto, 99% desse mineral encontra-se nos ossos e dentes, Apenas 1% está no sangue.
Funções: Formação de ossos e dentes, coagulação sangüínea, ativação de enzimas, condução de impulsos nervosos e contração muscular.
Carência: Retardo do crescimento, dentes e ossos frágeis, raquitismo e osteoporose.
Excesso: Calcificação dos ossos e tecidos moles, comprometimento renal e prejudica a absorção do ferro.
Fontes alimentares: Leite, iogurte, queijos, peixes, gema do ovo, hortaliças verdes, gergelim e feijão.
Necessidades diárias: 1000 a 1200mg para homens e mulheres.

Magnésio:

Depois do potássio, é o segundo mineral mais abundante encontrado nos fluidos intracelulares. Encontrado nos ossos, músculos, tecidos moles e líquidos extracelulares.
Funções: Necessário para a atividade normal das enzimas e para o uso de energia. Crescimento de ossos. Fundamental para a função normal do cálcio.
Carência: Irritabilidade, função nervosa anormal, perda de apetite, náuseas, vômitos, sonolência e espasmos musculares.
Excesso: Problemas respiratórios, pressão baixa, ritmo cardíaco alterado e inibição da calcificação da calcificação óssea.
Fontes alimentares: Gérmen de trigo, nozes, damasco, tofu, água de coco, camarão, cereais integrais, soja, acelga, quiabo.
Necessidades diárias: 320 a 400mg para homens e 320mg para mulheres.

Sódio:

Representa 1% do peso corporal ou 70g para um homem adulto. É um elemento facilmente encontrado na natureza.
Funções: Equilibra os líquidos corporais, juntamente com o potássio e cloreto, manutenção do equilíbrio ácido básico, excitabilidade de músculos e controla a pressão osmótica.
Carência: Convulsões, fraqueza e letargia.
Excesso: Hipertensão, cefaléia, parada respiratória e eritema da pele.
Fontes alimentares: Sal de cozinha, carnes e produtos com base de carne, embutidos, queijos, bacon, sopa, vegetais enlatados, pão e cereais matinais.
Necessidades diárias: 500mg para homens e mulheres.

 Potássio:

Cerca de 85% do potássio ingerido pela dieta é absorvido.
Funções: Manutenção do líquido intracelular, contração muscular, condução nervosa, frequência cardíaca, produção de energia, e síntese de proteínas e ácidos nucléicos.
Carência: Cansaço, fadiga, fraqueza, dores musculares, hipotensão, vômitos e dilatação cardíaca.
Excesso: Distúrbios cardíacos, confusão mental e paralisia muscular.
Fontes alimentares: Frutas secas, frutas frescas, banana, cítricas, vegetais crus ou cozidos, vegetais verdes folhosos e batata.
Necessidades diárias: 2000mg para homens e mulheres.

Fósforo:

É um elemento essencial.
Funções: Formação de ossos e dentes, absorção da glicose, metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos. Participa de sistemas enzimáticos.
Carência: Dor nos ossos, osteomalácia, miopatias, acidose metabólica, taquicardia e perda de memória.
Excesso: Sensação de peso nas pernas, confusão mental, hipertensão, derrame e ataque cardíaco.

Fontes alimentares: Leite, peixe, fígado, ovos e feijão. Necessidades diárias: 700mg para homens e mulheres.

O QUE SÃO HACKERS? COMO ATUAM OS HACKERS? QUAIS OS MEIOS DE PREVENÇÃO?

O QUE SÃO HACKERS?

Hackers são indivíduos com conhecimento amplo nas áreas da tecnologia e de informática que desenvolvem funcionalidades novas e/ou adaptam funcionalidades antigas do mundo digital. Eles elaboram ou modificam softwares e hardwares de forma legal, a fim de obter melhorias.
O termo "hacker de computador" apareceu pela primeira vez em meados da década de 1960. O hacker era um programador, uma pessoa que criava códigos de computação. Os hackers eram visionários que conseguiam enxergar novas maneiras de usar os computadores, criando programas que ninguém poderia imaginar. Eles foram os pioneiros da indústria da computação, construindo desde pequenos aplicativos para sistemas operacionais. Nesse sentido, pessoas como Bill Gates, Steve Jobs e Steve Wozniak eram todos hackers - eles viram o potencial do que os computadores eram capazes de fazer e criaram maneiras de ter acesso a esse potencial.

COMO ATUAM OS HACKERS?

Uma característica comum entre esses hackers era o grande senso de curiosidades, que às vezes beirava a obsessão. Esses hackers eram orgulhosos não só por sua habilidade de criar novos programas, mas também por aprender como outros programas e sistemas funcionavam. Quando havia bug, uma seção de códigos errados que impediam o bom funcionamento do programa, os hackers criavam e distribuíam pequenas seções de códigos chamados "patches" para solucionar o problema. Alguns conseguiam empregos que alavancavam suas habilidades, sendo pagos pelo que eles adorariam fazer de graça.
Conforme os computadores foram evoluindo, os engenheiros de computação começaram a juntar máquinas individuais em rede, formando um sistema. Logo, o termo "hacker" adquiriu um novo significado: uma pessoa que utilizava computadores para explorar uma rede à qual o hacker não pertencia. Geralmente, os hackers não eram mal-intencionados. Eles só queriam saber como as redes de computadores funcionavam e consideravam qualquer barreira entre eles e esse conhecimento como um desafio.
Na verdade, isso ainda ocorre hoje em dia. Há muitas histórias sobre hackers mal-intencionados sabotando sistemas de computação, infiltrando-se em redes e espalhando vírus pelos computadores, mas, a maioria dos hackers é só curiosa; eles querem saber todas as complexidades do mundo da computação. Alguns usam o conhecimento para ajudar corporações e governos a criar melhores medidas de segurança. Outros usam suas habilidades para ações menos éticas como por exemplos:
CAVALO-DE-TRÓIA 
O cavalo-de-tróia, ou trojan, é um programa disfarçado que executa alguma tarefa maligna. Um exemplo: o usuário roda um joguinho que conseguiu na internet. O joguinho secretamente instala o cavalo-de-tróia, que abre uma porta TCP do micro para a invasão. Alguns trojans populares são NetBus, Back Oriffice e Sub7. Há também cavalos-de-tróia dedicados a roubar senhas e outros dados sigilosos.
QUEBRA DE SENHA
O quebrador, ou cracker, de senha é um programa usado pelo hacker para descobrir uma senha do sistema. O método mais comum consiste em testar sucessivamente as palavras de um dicionário até encontrar a senha correta.
DENIAL OF SERVIDE ( DOS )
Ataque que consiste em sobrecarregar um servidor com uma quantidade excessiva de solicitações de serviços. Há muitas variantes, como os ataques distribuídos de negação de serviços ( DDoS ), que paralisaram sites como CNN, Yahoo! E ZD Net, em fevereiro deste ano ( 2000 ) . Nessa variante, o agressor invade muitos computadores e instala neles um software zumbi, como o Tribal Flood Network ou o Trinoo. Quando recebem a ordem para iniciar o ataque, os zumbis bombardeiam o servidor-alvo, tirando-o do ar.
MAIL BOMB
É a técnica de inundar um computador com mensagens eletrônicas. Em geral, o agressor usa um script para gerar um fluxo contínuo de mensagens e abarrotar a caixa postal de alguém. A sobrecarga tende a provocar negação de serviço no servidor e e-mail.
PHREAKING
É o uso indevido de linhas tlefônicas, fixas ou celulares. No passado, os phreakers empregavam gravadores de fita e outros dispositivos para produzir sinais de controle e enganar o sistema de telefonia. Conforme as companhias telefônicas foram reforçando a segurança, as técnicas tornaram-se mais complexas. Hoje, o phreaking é uma atividade elaborada, que poucos hackers dominam.

SCANNERS DE PORTAS
Os scanners são programas que buscam portas TCP abertas por onde pode ser feita uma invasão. Para que a varredura não seja percebida pela vítima, alguns scanners testam as portas de um computador durante muitos dias, em horários aleatórios.
SMURF
O Smurf é outro tipo de ataque de negação de serviço. O agressor envia uma rápida seqüência de solicitações de Ping ( um teste para verificar se um servidor da Internet está acessível ) para um endereço de broadcast. Usando spoofing, o cracker faz com que o servidor de broadcast encaminhe as respostas não para o seu endereço, mas para o da vítima. Assim, o computador-alvo é inundado pelo Ping.
SPOOFING
É a técnica de se fazer passar por outro computador da rede para conseguir acesso a um sistema. Há muitas variantes, como o spoofing de IP. Para executá-lo, o invasor usa um programa que altera o cabeçalho dos pacotes IP de modo que pareçam estar vindo de outra máquina. 

QUAIS OS MEIOS DE PREVENÇÃO?
·         Mantenha o teu sistema operacional sempre atualizado. Se ele for original, habilite o recurso de "atualização automática". As atualizações servem para corrigir as vulnerabilidades (e o windows é cheio delas) do sistema;

·         Sempre utilize um firewall. Os ditos "hackers" (a maioria deles mais fala que faz) necessitam entrar no teu PC por uma porta (um serviço). Entenda por "porta" cada aplicativo que acessa a rede instalado no teu computador (como msn, web browser, aplicativos P2P, etc.). Um firewall irá "fechar" estas portas, impedindo a entrada de estranhos;

·         Nunca, jamais, de forma alguma clique em links desconhecidos que chegam por e-mail, msn ou mesmo recadinhos de orkut. Desconfie de todo e qualquer conteúdo - fotos, vídeos, gifs, etc - que seja um link (quando você colocar o cursor do mouse sobre um link ele deixa de ser uma seta e passa a ser uma "mãozinha") mesmo que tenha sido enviado por seu melhor amigo;

·      Por último (mas não menos importante) - está comprovado que a maior causa da vulnerabilidade dos sistemas está no usuário. Acredite e mantenha sempre em mente que a Internet requer cuidado. Desconfie de tudo o que é ilícito: crackers, seriais, ofertas mirabolantes, links para material protegido por direitos autorais (como mp3 e filmes), etc.

Estes são cuidados básicos que reduzem drasticamente a chance de invasão.

REFERÊNCIAS:

https://duvidas.terra.com.br/duvidas/3144/o-que-sao-hackers
http://tecnologia.hsw.uol.com.br/hacker.htm
http://www.varican.xpg.com.br/varican/Curiosidades/atohackers.HTM
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090830090156A

DISFUNÇÕES HIPOCINÉTICAS



Esta doenças é causada pela falta de movimento no corpo ou de uma maneira mais simples pela falta de exercícios físicos. As pessoas que são sedentárias e que não possuem uma rotina de exercícios estão mais propensas a desenvolver esse tipo de problema de saúde.
As doenças conhecidas como Hipocinéticas são:

·         Obesidade Arterial,
·          Cardiopatias,
·         Hipertensão Arterial,
·         Diabetes Tipo II,
·         Osteoporose e Sarcopenia.

Para prevenir essas doenças é imprescindível que se tenha uma rotina de exercícios preparada por um profissional formado em Educação Física ou os conhecidos como Personal Trainers.
Se você conseguir encontrar um profissional formado nessa área da Educação Física, especializados em Grupos Especiais, e se sentir na iminência de uma dessas doenças. Uma coisa importante é saber que essas doenças trazem limitações ao corpo e devido a isso tem que se ter cuidado depois que se começa a desenvolver esse problema. As pessoas que sofrem de doenças hipocinéticas podem correr riscos de vida se fizerem um esforço além do normal.
Quando se tem consciência do que se pode fazer de exercícios eles são bastante proveitosos para realizar um abrandamento dos sintomas. O grande problema de se desenvolver uma doença hipocinética leva a outro. Os riscos quando se tem uma dessas doenças é ser levado a desenvolver outras formas de risco e até mesmo a morte. Por isso tenha cuidado quando ficar muito tempo sem realizar muito exercício.

Fique atento aos seus exercícios físicos e tenha cuidado para não começar a desenvolver um problema desses.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL

INTRODUÇÃO
   
    Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe-se que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.
  Os negros e a capoeira - Sabe-se que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães-do-mato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam-se para treinar. "Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices e marradas, como se fossem verdadeiros animais indomáveis". São algumas das citações de capitães-do-mato e comandantes de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão.
 Embora teóricos relatem que a Educação Física também aparece em tempos primitivos, segundo Oliveira (1983) todas as atividades humanas durante o período que se convencionou denominar pré-histórico dependem do movimento, do ato físico. Ao analisar a cultura primitiva em qualquer das suas dimensões (econômicas, políticas e sociais), vemos, desde logo, a importância das atividades físicas para os nossos irmãos das cavernas.



A EDUCAÇÃO FISICA NO BRASIL COLONIAL

    A mais antiga notícia sobre a Educação Física em terras brasileiras data o ano de sua descoberta, 1500. Tal fato se deve ao relato de Pero Vaz de Caminha, que em uma de suas cartas, que relatam indígenas dançando, saltando, girando e se alegrando ao som de uma gaita tocada por um português (Ramos, 1982). Segundo Ramos (1982), esta foi certamente a primeira aula de ginástica e recreação relatada no Brasil.
    De modo geral, sabe-se que as atividades físicas realizadas pelos indígenas no período do Brasil colônia, estavam relacionadas a aspectos da cultura primitiva. Tendo como características elementos de cunho natural (como brincadeiras, caça, pesca, nado e locomoção), utilitário (como o aprimoramento das atividades de caça, agrícolas, etc.), guerreiras (proteção de suas terras); recreativo e religioso (como as danças, agradecimentos aos deuses, festas, encenações, etc.) (Gutierrez, 1972).
    Posteriormente, ainda no período colonial, criada na senzala, sobretudo no Rio de Janeiro e na Bahia, surge a capoeira, atividade ríspida, criativa e rítmica que era praticada pelos escravos (Ramos, 1982). Desta forma, podemos destacar que no Brasil colônia, as atividades físicas realizadas pelos indígenas e escravos, representaram os primeiros elementos da Educação Física no Brasil.


A EDUCAÇÃO FISICA NO BRASIL IMPÉRIAL

    O início do desenvolvimento cultural da Educação Física no Brasil, apesar de não ter ocorrido de forma contundente, ocorreu no período do Brasil império. Pois foi nessa época que surgiram os primeiros tratados sobre a Educação Física.
    Em 1823, Joaquim Antônio Serpa, elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos”. Esse tratado postulava que a educação englobava a saúde do corpo e a cultura do espírito, e considerava que os exercícios físicos deveriam ser divididos em duas categorias: 1) os que exercitavam o corpo; e 2) os que exercitavam a memória (Gutierrez, 1972). Além disso, esse tratado entendia a educação moral como coadjuvante da Educação Física e vice-versa (Gutierrez, 1972).
    O Início da Educação Física escolar no Brasil, inicialmente denominada Ginástica, ocorreu oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851(Ramos, 1982). No entanto, foi somente em 1882, que Rui Barbosa ao lançar o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, denota importância à Ginástica na formação do brasileiro (Ramos, 1982). Nesse parecer, Rui Barbosa relata a situação da Educação Física em países mais adiantados politicamente e defende a Ginástica como elemento indispensável para formação integral da juventude (Ramos, 1982).
   

A EDUCAÇÃO FISICA NO BRASIL REPÚBLICANO

    A Educação Física no Brasil república pode ser subdividida em duas fases: a primeira remete o período de 1890 até a Revolução de 1930 (que empossou o presidente Getúlio Vargas); e a segunda fase, configura o período após a Revolução de 1930 até 1946.
    Na primeira fase do Brasil república, a partir de 1920, outros estados da Federação, além do Rio de Janeiro, começaram a realizar suas reformas educacionais e, começaram a incluir a Ginástica na escola (Betti, 1991). Além disso, ocorre a criação de diversas escolas de Educação Física, que tinham como objetivo principal a formação militar (Ramos, 1982). No entanto, é a partir da segunda fase do Brasil república, após a criação do Ministério da Educação e Saúde, que a Educação Física começa a ganhar destaque perante aos objetivos do governo. Nessa época, a Educação Física é inserida na constituição brasileira e surgem leis que a tornam obrigatória no ensino secundário (Ramos, 1982).
    Na intenção de sistematizar a ginástica dentro da escola brasileira, surgem os métodos ginásticos (gímnicos). Oriundos das escolas sueca, alemã e francesa, esses métodos conferiam à Educação Física uma perspectiva eugênica, higienista e militarista, na qual o exercício físico deveria ser utilizado para aquisição e manutenção da higiene física e moral (Higienismo), preparando os indivíduos fisicamente para o combate militar (Militarismo) (Darido e Rangel, 2005).
    O higienismo e o militarismo estavam orientados em princípios anátomo-fisiológicos, buscando a criação de um homem obediente, submisso e acrítico à realidade brasileira.


A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL NO MOMENTO CONTEMPORÂNEO

   No Período que compreende o pós 2ª Guerra Mundial, até meados da década de 1960 (mais precisamente em 1964, início do período da Ditadura brasileira), a Educação Física nas escolas mantinham o caráter gímnico e calistênico do Brasil república (Ramos, 1982).
   Com a tomada do Poder Executivo brasileiro pelos militares, ocorreu um crescimento abrupto do sistema educacional, onde o governo planejou usar as escolas públicas e privadas como fonte de programa do regime militar (Darido e Rangel, 2005).
  Naquela época o governo investia muito no esporte, buscando fazer da Educação Física um sustentáculo ideológico, a partir do êxito em competições esportivas de alto nível, eliminando assim críticas internas e deixando transparecer um clima de prosperidade e desenvolvimento (Darido e Rangel, 2005). Fortalece-se então a idéia do esportivismo, no qual o rendimento, a vitória e a busca pelo mais hábil e forte estavam cada vez mais presentes na Educação Física.
    Dentre uma das importantes medidas que impactaram a Educação Física no período contemporâneo, está a obrigatoriedade da Educação Física/Esportes no ensino do 3º Grau, por meio do decreto lei no 705/69 (Brasil., 1969). Segundo Castellani Filho (1998), o decreto lei no 705/69 (Brasil., 1969), tinha como propósito político favorecer o regime militar, desmantelando as mobilizações e o movimento estudantil que era contrário ao regime militar, uma vez que as universidades representavam um dos principais pólos de resistência a esse regime.
  Desta forma, o esporte era utilizado como um elemento de distração à realidade política da época. Ademais, a Educação Física/Esportes no 3º Grau era considerada uma atividade destituída de conhecimentos e estava relacionada ao fazer pelo fazer, voltada a formação de mão de obra apta para a produção (Darido e Rangel, 2005).
  No entanto, o modelo esportivista, também chamado de mecanicista, tradicional e tecnicista, começou a ser criticado, principalmente a partir da década de 1980. Entretanto, essa concepção esportivista ainda está presente na sociedade e na escola atual (Darido e Rangel, 2005).

AS CORRENTES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL AO LONGO DOS ANOS

A Pedagogia Nova (Progressivista)
      As características desse movimento destacam-se: a valorização da criança, sujeito da sua aprendizagem e agente de seu próprio desenvolvimento: tratamento científico do processo educacional, considerando o desenvolvimento biológico e psicológico; respeito às capacidades e aptidões individuais, individualização do ensino conforme os ritmos próprios de aprendizagem; rejeição de modelos adultos em favor da atividade e da liberdade de expressão da criança.
    Para funcionar de acordo com a concepção acima, a organização escolar, teria que passar por uma reformulação. O professor deveria agir como um estimulador e orientador da aprendizagem cuja iniciativa caberia aos próprios alunos. Para tanto, cada professor teria de trabalhar com pequenos grupos de alunos, sem o que a relação inter-pessoal, essência da atividade educativa, ficaria dificultada; e num ambiente estimulante, portanto, dotado de materiais didático ricos, biblioteca de classe, entre outros.
    Dentro do movimento escolanovista, desenvolveu-se nos Estados Unidos uma de suas mais destacadas correntes, a Pedagogia Pragmática Progressivista, cujo principal representante é John Dewey (1859-1952). As idéias desse educador exerceram uma significativa influência no movimento da Escola Nova na América Latina e, particularmente, no Brasil. Com a liderança de Anísio Teixeira e outros educadores, no início da década de 30 o Movimento dos Pioneiros da Escola Nova, cuja atuação foi decisiva na formulação da política educacional, na investigação acadêmica e na prática escolar. (LIBÂNEO, op cit).

    A Pedagogia Tecnicista

    A partir do pressuposto da neutralidade científica e inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade, essa pedagogia advoga a reordenação do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. Nessas condições, o trabalhador ocupa seu posto na linha de montagem e executa determinada parcela do trabalho necessário para produzir determinados objetos. O produto é, pois, uma decorrência da forma como é organizado o processo.
    A partir dessa teoria tem-se a proliferação de propostas pedagógicas tais como o enfoque sistêmico, o micro-ensino, o tele-ensino, a instrução programada, as máquinas de ensinar entre outros.
    Na pedagogia tecnicista, o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e aluno posição secundária, relegados que são à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais. A organização do processo converte-se na garantia da eficiência, compensando e corrigindo as deficiências do professor e maximizando os efeitos de sua intervenção.
    A função primordial da escola, nesse modelo, é transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno, formação esta que o levará, ao inserir-se futuramente na sociedade, a optar por uma profissão valorizada.
    Nesta tendência pedagógica, as ações de ensino estão centradas na exposição dos conhecimentos pelo professor. O professor assume funções como vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. É visto como a autoridade máxima, um organizador dos conteúdos e estratégias de ensino e, portanto, o único responsável e condutor do processo educativo.
    Há predominância da exposição oral dos conteúdos, seguindo uma seqüência predeterminada e fixa, independentemente do contexto escolar; enfatiza-se a necessidade de exercícios repetidos para garantir a memorização dos conteúdos. Os conteúdos e procedimentos didáticos não estão relacionados ao cotidiano do aluno e muito menos às realidades sociais. Na relação professor-aluno, prevalece a autoridade.

Pedagogia Libertadora
    Na pedagogia libertadora não se fala em ensino escolar, já que sua marca é a atuação "não-formal".
    Assim, quando se fala na educação em geral, diz-se que ela é uma atividade onde professores e alunos, mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação social.
    Tanto a educação tradicional, denominada "bancária" - que visa apenas depositar informações sobre o aluno -, quanto à educação renovada - que pretenderia uma libertação psicológica individual - são domesticadoras, pois em nada contribuem para desvelar a realidade social de opressão. A educação libertadora, ao contrário, questiona concretamente a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens, visando a uma transformação - daí ser uma educação crítica. (LUCKESI, 1994).
    Os conteúdos de ensino são denominados "temas geradores" e são extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. O importante não é a transmissão de conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma da relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados a partir de fora é considerada como "invasão cultural" ou "depósito de informação", porque não emerge do saber popular.
     Aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade. O que é aprendido não decorre de uma imposição ou memorização, mas do nível crítico de conhecimento, ao qual se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica. O que o educando transfere, em termos de conhecimento, é o que foi incorporado como resposta às situações de opressão — ou seja, seu engajamento na militância política.

·         A Pedagogia Cultural
    A pedagogia cultural é pouco estudada e conhecida dentro do meio científico brasileiro ela faz parte da corrente da Pedagogia Renovada e não tem nenhum vínculo com a pedagogia da Escola Nova.
    A pedagogia cultural tem sua base teórica na pedagogia científico-espiritual desenvolvida por Guilherme Dilthey e seguidores como Theodor Litt, Eduard Spranger e Hermann Nohl. Tendo-se firmado na Alemanha como uma sólida corrente pedagógica, além da Alemanha ela difundiu-se em outros países da Europa, e daí para América Latina, influenciando autores como: Lorenzo Luzuriaga, Francisco Larroyo, J. Roura-Parella, Ricardo Nassif e, no Brasil essa pedagogia foi influenciada pelos autores, Luis Alves de Mattos e Onofre de Arruda Penteado Junior.
    Esses autores se preocupam em superar as oposições entre a cultura subjetiva e a cultura objetiva, entre o individual e o social, entre o psicológico e o cultural. De um lado, concebem a educação como atividade do próprio sujeito, a partir de uma tendência interna de desenvolvimento espiritual; de outro, consideram que os indivíduos vivem num mundo sócio-cultural, produto do próprio desenvolvimento histórico da sociedade. A educação seria, assim, um processo de subjetivação da cultura, tendo em vista a formação da vida interior, a edificação da personalidade. A pedagogia da cultura quer unir as condições externas da vida real, isto é, o mundo objetivo da cultura, à liberdade individual, cuja fonte é a espiritualidade, a vida interior (LIBÂNEO, op cit).

     Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos

    Essa pedagogia surge no final dos anos 70 e início dos 80 e se põe como uma reação de alguns educadores que não aceitam a pouca relevância que a "pedagogia libertadora" dá ao aprendizado do chamado "saber elaborado", historicamente acumulado, e que constitui parte do acervo cultural da humanidade.
    A pedagogia crítico-social dos conteúdos assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. (BRASIL, 1998).
    Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que é necessário que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.
  A tendência da pedagogia crítico-social dos conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta (LIBÂNEO, 1990). Esta valorização consiste na preparação do educando para o mundo adulto, por meio da aquisição de conteúdos culturais universais, mas reavaliados frente às realidades sociais. Essa maneira de apreender os conteúdos, que estão ligados à realidade, passa da experiência imediata e desorganizada para o conhecimento sistematizado, permitindo ao educando elementos de análise crítica que o ajude a romper com a ideologia dominante.

    A difusão de conteúdos é a tarefa primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades sociais. A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade. Se o que define uma pedagogia crítica é a consciência de seus condicionantes histórico-sociais, a função da pedagogia "dos conteúdos" é dar um passo à frente no papel transformador da escola, mas a partir das condições existentes. Assim, a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos alunos. Entendida nesse sentido, a educação é "uma atividade mediadora no seio da prática social global", ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor é pôr sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética) a uma visão sintética, mais organizada e unificada. Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
    Os conteúdos são culturais universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face às realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos são realidades exteriores ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados, eles não são fechados e refratários às realidades sociais. Não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.
   Os métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem, então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber trazido de fora. O trabalho docente relaciona à prática vivida pelos educandos com os conteúdos propostos pelo educador, momento em que se dará a "ruptura" em relação à experiência pouco elaborada. Tal ruptura apenas é possível com a introdução explícita, pelo professor, dos elementos novos de análise a serem aplicados criticamente à prática do educando. Em outras palavras, uma aula começa pela constatação da prática real, havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referi-la aos termos do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação do professor. Vale dizer: vai-se da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a síntese, o que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática.

As abordagens pedagógicas da Educação Física escolar

    O modelo esportivista é muito criticado pelos meios acadêmicos, principalmente a partir da década de 80, embora esta concepção esteja presente na sociedade de maneira quase hegemônica. É nesse momento que a Educação Física passa por um período de valorização dos conhecimentos Em oposição à vertente mais tecnicista, esportivista e biologista surgem novos movimentos na Educação Física escolar a partir, especialmente, do final da década de 70, inspirados no novo momento histórico social que passou o país, a educação de uma maneira geral e a Educação Física especificamente (DARIDO, op cit).

   Abordagem Desenvolvimentista

    As ideias pedagógicas da abordagem desenvolvimentista são explicitadas no Brasil, nos trabalhos de Go Tani e colaboradores (1988) e Manoel (1994). A obra mais expressiva dessa idéia pedagógica é o livro: Educação Física Escolar: Fundamentos para uma abordagem desenvolvimentista (Tani e colaboradores, 1988).
    Os autores desta abordagem defendem a ideia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física, propugnando a especificidade do seu objeto. Sua função não é desenvolver capacidades que auxiliem a alfabetização e o pensamento lógico-matemático, embora tal possa ocorrer como um subproduto da prática motora. (DARIDO, op cit).
    A proposta dos defensores dessa abordagem não é buscar na Educação Física solução para os problemas sociais do país, a aula de Educação Física deve privilegiar a aprendizagem do movimento, embora possam ocorrer outras aprendizagens em decorrência da prática das habilidades motoras.
    A opção dos autores é suposição que para a Educação Física atender as reais necessidades e expectativas das crianças, ela precisa compreender aspectos do crescimento, do desenvolvimento e da aprendizagem. Dessa forma, os autores definem como objetivo inicial para a Educação Física Escolar a aquisição posterior das habilidades motoras básicas, a fim de que seja facilitada a ela a aquisição posterior das habilidades consideradas complexas (DAOLIO, 2002).
    Uma das limitações desta abordagem refere-se a pouca importância, ou a uma limitada discussão, sobre a influência do contexto sócio-cultural que está por trás da aquisição das habilidades motoras. A questão que se coloca é a seguinte: será que todas as habilidades apresentam o mesmo nível de complexidade? (DARIDO, op. cit.).

    Abordagem Construtivista-Interacionista

    No Brasil e mais especificamente, no Estado de São Paulo, a proposta construtivista-interacionista vem ganhando espaço. É apresentada principalmente nas propostas de Educação Física da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), que tem como colaborador o professor João Batista Freire. Seu livro Educação de Corpo Inteiro, publicado em 1989, teve papel determinante na divulgação das ideias construtivistas da Educação Física. Esta abordagem tem-se infiltrado no interior da escola e o seu discurso está presente nos diferentes segmentos do contexto escolar. A proposta denominada interacionista-construtivista é apresentada como uma opção metodológica, em oposição às linhas anteriores da Educação Física na escola, especificamente à proposta mecanicista, caracterizada pela busca do desempenho máximo de padrões de comportamento sem considerar as diferenças individuais, sem levar em conta as experiências vividas pelos alunos, com o objetivo de selecionar os mais habilidosos para competições e esporte de alto nível (DARIDO, 2003).
  João Batista Freire declara a diferença de sua proposta em relação à abordagem desenvolvimentista afirmando não ser partidário de linhas da Educação Física que se identificam com a aprendizagem motora. Também afirma que não acredita na existência de padrões de movimento - termo utilizado pela abordagem desenvolvimentista -, pois as diferenças sociais, étnicas e culturais das diversas populações do mundo tornariam impossível qualquer padronização. Prefere a utilização da expressão "esquemas motores", de origem piagetiana, que seriam, segundo o autor,
  Além de procurar valorizar as experiências dos alunos e a sua cultura, a proposta construtivista também tem o mérito de propor uma alternativa aos métodos diretivos, tão impregnados na prática da Educação Física. O aluno constrói o seu conhecimento a partir da interação com o meio, resolvendo problemas (DARIDO, op cit).
 Na proposta construtivista o jogo, enquanto conteúdo/estratégia tem papel privilegiado. É considerado o principal modo de ensinar, é um instrumento pedagógico, um meio de ensino, pois enquanto joga ou brinca a criança aprende. Sendo que este aprender deve
As propostas de avaliação caminham no sentido do uso da avaliação não-punitiva, vinculada ao processo, e com ênfase no processo de auto-avaliação.


Abordagem Critico-superadora
    A abordagem crítico-superadora tem como defensores os professores: Carmen Lúcia Soares, Celi Nelza Zülke Taffarel, Elizabeth Varjal, Lino Castellani Filho, Micheli Ortega Escobar e Valter Bracht, também conhecido como Coletivo de Autores. O trabalho mais importante dessa obra foi o livro Metodologia do Ensino da Educação Física, publicado em 1992.
    Outras obras também foram publicas como, Educação Física Cuida do Corpo... Mente (Medina, 1983), Prática da Educação Física no Primeiro Grau: Modelo de Reprodução ou Perspectiva de Transformação? (Costa, 1984), Educação Física Progressista: a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos e a Educação Física Brasileira (Guiraldelli Jr., 1988) e Educação Física e Aprendizagem Social (Bracht, 1992).
    Esta pedagogia levanta questões de poder, interesse, esforço e contestação. Acredita que qualquer consideração sobre a pedagogia mais apropriada deve versar não somente sobre questões de como ensinar, mas também sobre como adquirimos esses conhecimentos, valorizando a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico. Esta percepção é fundamental na medida em que possibilitaria a compreensão, por parte do aluno, de que a produção da humanidade expressa uma determinada fase e que houve mudanças ao longo do tempo (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
  Quanto à seleção de conteúdos para as aulas de Educação Física propõem que se considere a relevância social dos conteúdos, sua contemporaneidade e sua adequação às características sócio-cognitivas dos alunos. Enquanto organização do currículo ressaltam que é preciso fazer com que o aluno confronte os conhecimentos do senso comum com o conhecimento científico, para ampliar o seu acervo de conhecimento. Além disso, sugerem que os conteúdos selecionados para as aulas de Educação Física devem propiciar a leitura da realidade do ponto de vista da classe trabalhadora (DARIDO, 2001).

·         Abordagem Sistêmica
    Esta concepção de Educação Física escolar vem sendo ainda elaborada pelos trabalhos do professor Mauro Betti, que, em seus primeiros textos e em seu clássico livro Educação Física e sociedade, de 1991, onde define sua perspectiva como sistêmica, utilizando para isso um modelo sociológico. Nos textos mais recentes, o autor parece não se interessar por definir uma abordagem, embora traga contribuições importantes para a área.
    Betti considera a teoria de sistemas, defendida em grande medida por Bertalanffy e Koestler (citados por Betti, 1991), como um instrumento conceitual e um modo de pensar a questão do currículo de Educação Física. Como na teoria de sistemas proposta por Bertalanffy, o autor trabalha com os conceitos de hierarquia, tendências auto-afirmativas e auto-integrativas (1991).
    Betti (1994b) entende a Educação Física como um sistema hierárquico aberto, uma vez que os níveis superiores, como, por exemplo, as Secretarias de Educação, exercem algum controle sobre os sistemas inferiores, como, por exemplo, a direção da escola, o corpo docente e outros. É um sistema hierárquico aberto porque sofre influências da sociedade como um todo e ao mesmo tempo a influência.
    Para a abordagem sistêmica existe a preocupação de garantir a especificidade, na medida em que considera o binômio corpo/movimento como meio e fim da Educação Física Escolar. O alcance da especificidade se dá através da finalidade da Educação Física na escola, que é, segundo Betti (1992), "integrar e introduzir o aluno de 1.° e 2.° graus no mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física (o jogo, o esporte, a dança, a ginástica...)" (p.285).
    Alguns princípios derivados desta abordagem foram apresentados por Betti (1991). O mais importante é denominado princípio da não-exclusão, segundo o qual nenhuma atividade pode excluir qualquer aluno das aulas da Educação Física. Este princípio tenta garantir o acesso de todos os alunos às atividades da Educação Física. O princípio da diversidade propõe que a Educação Física na escola proporcione atividades diferenciadas e não privilegie apenas um tipo, por exemplo, futebol ou basquete. Além disso, pretende que a Educação Física escolar não trabalhe apenas com um tipo de conteúdo esportivo. Garantir a diversidade como um princípio é proporcionar vivências nas atividades esportivas, atividades rítmicas e expressivas vinculadas à dança e atividades da ginástica. A importância da aprendizagem de conteúdos diversos está vinculada ao uso do tempo livre de lazer, oportunizando o alcance da cidadania (idem).

Abordagem Critico-Emancipatória
    A abordagem crítico-emancipatória tem como o seu defensor o professor Elenor Kunz que publicou os livros: Educação Física: Ensino & mudanças (1991), Transformação Didático-pedagógica do Esporte (1994). Essa abordagem considera a Educação Física como parte de um sistema maior, sócio-educacional e sócio-político-econômico.
    Para o autor, o ensino na concepção crítico-emancipatória deve ser um ensino de libertação de falsas ilusões, de falsos interesses e desejos, criados e construídos nos alunos pela visão de mundo que apresentam a partir do conhecimento. O ensino escolar necessita, desta forma, basear-se numa concepção crítica, pois é pelo questionamento crítico que chega a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da sociedade que formam as convicções, interesses e desejos (DARIDO, op cit).
    De acordo com Daolio (2002), o autor aprofunda discussões sobre o movimento humano, criticando a visão que o considera apenas como fenômeno físico que pode ser reconhecido e esclarecido de forma muito simples e objetiva, independente do próprio ser humano que o realiza. Segundo ele, essas análises que tratam o movimento como acontecimento espaço-temporal não dão conta da complexidade que envolve o ser humano em movimento, sendo necessária uma análise integral.

   Abordagem Cultural
    A abordagem cultural é proposta por Jocimar Daolio com a publicação do livro: Da cultura do corpo (1995), ele buscou em sua obra uma perspectiva antropológica, um contraponto à ênfase biológica. Jocimar Daolio apóia seus estudos na Antropologia de Clinford Geertz e Marcel Mauss.
    Segundo Daolio (2004), "cultura" é o principal conceito para a Educação Física, porque todas as manifestações corporais humanas são geradas na dinâmica cultural, desde os primórdios da evolução até hoje, expressando-se diversificadamente e com significados próprios no contexto de grupos culturais específicos. O profissional de Educação Física não atua sobre o corpo ou com o movimento em si, não trabalha com o esporte em si, não lida com a ginástica em si. Ele trata do ser humano nas suas manifestações culturais relacionadas ao corpo e ao movimento humano, historicamente definido como jogo, esporte, dança, luta e ginástica. O que irá definir se uma ação corporal é digna de trato pedagógico pela Educação Física é a própria consideração e análise desta expressão na dinâmica cultural específica do contexto onde se realiza.

·         Abordagem dos jogos cooperativos
    As idéias pedagógicas dos jogos cooperativos têm como defensor o professor Fábio Brotto que se baseia nos estudos antropológicos de Margaret Mead. Brotto publica em 1995 o livro intitulado: ”Jogos Cooperativos - Se o importante é competir, o fundamental e cooperar: CEPEUSP, 1995”.
    O autor entende que há um condicionamento, um treinamento na escola, família, mídia, para fazer acreditar que as pessoas não têm escolhas e têm que aceitar a competição como opção natural (DARIDO, op cit).
    Brotto (1995), inspirado em Terry Orlick sugere que os jogos cooperativos sejam usados como uma força transformadora como alternativa aos jogos competitivos, que são divertidos para todos e todos têm um sentido de vitória.

·         Abordagem Psicomotricidade
    Esta concepção inaugura uma nova fase de preocupações para o professor de Educação Física que extrapola os limites biológicos e de rendimento corporal, passando a incluir e a valorizar o conhecimento de origem psicológica.
    O autor que mais influenciou o pensamento psicomotricista no país foi, sem dúvida, o francês Jean Le Bouch, através da publicação de seus livros, como Educação pelo Movimento, publicado em francês no ano de 1966 e no Brasil em 1981.
    É importante salientar que a Psicomotricidade foi e é indicada não apenas para a área da Educação Física, mas também para psicólogos, psiquiatras, neurologistas, reeducadores, orientadores educacionais, professores e outros profissionais que trabalham junto às crianças.
    A Psicomotricidade advoga por uma ação educativa que deva ocorrer a partir dos movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais, favorecendo a gênese da imagem do corpo, núcleo central da personalidade (LE BOUCH, 1986). A educação psicomotora na opinião do autor refere-se à formação de base indispensável a toda criança, seja ela normal ou com problemas, e responde a uma dupla finalidade; assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta a possibilidade da criança trabalhar a sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano.
    O discurso e prática da Educação Física sob a influência da Psicomotricidade conduz à necessidade do professor de Educação Física sentir-se um professor com responsabilidades escolares e pedagógicas, utilizando a atividade lúdica como impulsionadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Buscando, dessa forma, desatrelar sua atuação na escola dos pressupostos da instituição desportiva, valorizando o processo de aprendizagem e não mais a execução de um gesto técnico isolado.

·         Abordagem Saúde Renovada
    Esta abordagem tem como autores principais Nahas e Guedes & Guedes que passam a advogar em prol de uma Educação Física escolar dentro da matriz biológica, embora não tenham se afastado das temáticas da saúde e da qualidade de vida (DARIDO, 2003).
http://adfoc.us/40134461673233
    O autor busca a conscientização da população escolar para as pesquisas que mostram os benefícios da atividade física. Considera importante a adoção pedagógica dos professores de assumirem um novo papel frente à estrutura educacional, procurando adotar em suas aulas, não mais uma visão de exclusividade da prática desportiva, mas, fundamentalmente, alcançarem metas em termos de promoção da saúde, através da seleção, organização e desenvolvimento de experiências que possam propiciar aos educandos, não apenas situações que os tornem crianças e jovens mais ativos fisicamente, mas, sobretudo, que os levem a optarem por um estilo de vida ativo também quando adultos (Guedes & Guedes, 1993, p.4).
    Considera de fundamental importância a promoção da prática prazerosa de atividades para proporcionar a eles o aperfeiçoamento das áreas funcionais de resistência orgânica ou cardiovascular; flexibilidade; resistência muscular e a composição corporal como fatores coadjuvantes na busca de uma melhor qualidade de vida por meio da saúde. Ainda conforme Guedes & Guedes (1993), a aptidão física relacionada à saúde abriga aqueles aspectos da função fisiológica, que oferecem alguma proteção aos distúrbios orgânicos provocados por um estilo de vida sedentário. Considera que a conquista por melhores momentos de satisfação pessoal e coletiva esteja na busca da Qualidade de Vida da população e também na adaptação às condições vivenciadas, como fatores colaboradores para estes fins: a saúde; o lazer; os hábitos do cotidiano, o estilo de vida, hábitos alimentares.
Abordagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais

    De acordo com o grupo que organizou os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), estes documentos têm como função primordial subsidiar a elaboração ou a versão curricular dos Estados e Municípios, dialogando com as propostas e experiências já existentes, incentivando a discussão pedagógica interna às escolas e a elaboração de projetos educativos, assim como servir de material de reflexão para a prática de professores.
     De acordo com os PCNs, eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a Educação Física na escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de: participar de atividades corporais, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade; conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações da cultura corporal; reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis e relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva; conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia; reivindicar, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer (BRASIL, 1998).
    Na análise dos objetivos descritos para a Educação Física fica evidenciada a amplitude de abordagens abarcadas, pois incluem a dimensão da crítica (aos padrões de beleza, por exemplo), ao mesmo tempo em que referenciam a busca da compreensão dos benefícios da atividade física para a saúde. Uma leitura mais atenta mostra também uma perspectiva da compreensão dos processos de aprendizagem a partir da ótica do construtivismo. Embora a finalidade seja a integração do aluno na esfera da cultura corporal de movimento (PCNs, 1998), existe certo ecletismo nos meios considerados para alcançar essas finalidades.
 Além disso, propõe um relacionamento das atividades da Educação Física com os grandes problemas da sociedade brasileira, sem, no entanto, perder de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da cultura corporal, através do que denominam de temas transversais. Assim, a Educação e a Educação Física requerem que questões sociais emergentes sejam incluídas e problematizadas no cotidiano da escola buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, no sentido de contribuir com a aprendizagem, a reflexão e a formação do cidadão crítico (idem).

CONCLUSÃO

Concluímos que a Educação Física na vida dos Brasileiros é de grande importância, pois melhora na postura corporal, combate o excesso de peso e o acúmulo de gordura, aumenta a produtividade, menor propensão às doenças cardíacas, combate o estresse e a indisposição, maior disposição para as tarefas cotidianas, melhora na elasticidade e flexibilidade do corpo, da autoestima, aumenta a qualidade e a expectativa de vida, fortalece o sistema imunológico, redução do colesterol, dentre outros. Sendo assim, foi possível observar que ao longo dos anos os especialistas da área vem buscando formas que facilite a boa qualidade de vida.

REFERÊNCIAS:




Questionário sobre Inteligência Artificial

  1. O que é inteligência artificial (IA)? A) Um tipo de hardware de computador B) Um sistema que simula a inteligência humana C) Um softwar...