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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

NEGROS NO ESPORTE

ASPECTOS DOS NEGROS NO ESPORTE




A participação do negro no esporte mundial tem suscitado a curiosidade e o interesse de muitas pessoas, estejam elas ligadas diretamente às áreas das atividades físicas, ou não. Também, algumas pesquisas, dentro desse tema, já foram feitas para tentar explicar o desempenho dos atletas negros em algumas modalidades esportivas, sendo quase que exclusivamente voltadas para as “individualidades biológicas” dos afro-descendentes. Tendo sua origem no feito do lendário corredor norte-americano Jesse Owens, na Olimpíada de Berlim, em 1936, a proposta deste artigo é justamente oferecer uma releitura do negro no esporte e refletir como foram produzidas, através da história, várias representações que engendraram muitas identidades neste sujeito, priorizando desnaturalizar uma destreza, a priori, para determinados esportes e outros, não. A questão do conhecimento que orientou esta pesquisa foram os estudos culturais e sua perspectiva da produção de identidade. Para tanto, procura-se resgatar um pouco da história da Educação Física no Brasil e seus primeiros olhares para as pessoas negras, mostrando como ela foi usada pelo movimento eugênico, para seus intentos de melhoria da raça brasileira. Introdução O presente artigo é fruto de inquietações pessoais sobre a participação do negro no esporte, sua inserção, sua trajetória, sua naturalização para alguns esportes e suas dificuldades para outros, bem como contribuir para a desconstrução de algumas identidades que ainda o acompanham, no mundo esportivo.
Contribuíram para a construção desta pesquisa e das linhas orientadoras, para compreender e problematizar a trajetória esportiva do negro: minha experiência como professor da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre e os conhecimentos adquiridos como integrante do grupo de estudos F3P-EFICE (Grupo de estudos qualitativos e formação de professores e práticas pedagógicas em Educação Física e Ciências do Esporte). Alem das questões mencionadas, também tiveram significativa importância, neste estudo, o gosto particular pelo esporte e minha negritude, na investigação dos discursos que estão produzindo os atletas negros no esporte e as representações sobre esse sujeito, no decorrer da história. A leitura do artigo de Eloy Dias dos Angelos, O negro na sociedade atual: os seus anseios, sonhos e perspectivas, também teve forte influência na escolha pelo assunto, sendo muito reforçada por este comentário de Angelos (1988, p. 20-21): “Na Universidade, quando da elaboração de trabalhos de conclusão de curso, o universitário, principalmente o universitário negro, pode e deve voltar-se para a abordagem de assuntos e temas que tenham a marca inconfundível das nossas raízes e origens, dos nossos problemas e lutas, tensões e sonhos, perplexidades e reivindicações”. Os pontos destacados aumentaram meu interesse e minha vontade de escrever sobre o tema, procurando desnaturalizar a imagem do indivíduo negro como atleta, trazendo uma releitura sobre o assunto e discorrendo sobre como se deu a produção histórica a priori do personagem negro no esporte. O objetivo de trazer alguns pontos sobre a questão do negro no esporte para serem desenvolvidos neste artigo, é enfocar quais os mecanismos sociais e culturais que produziram as representações das pessoas negras e como se engendraram as identidades atribuídas ao negro no esporte. É possível observar a influência dos discursos científicos que colocaram o atleta negro num espaço limitado de atuação, pelos seus veredictos. É importante a cisão dos olhares dogmáticos sobre as representações do “corpo” de homens e mulheres de origem negra no esporte, além de compreender que a ciência é muito importante para contribuir com algumas respostas, mas, não deve ser colocada em um lugar de verdade absoluta, sendo que este contexto foge ao seu domínio e a deixa sem a resposta final para muitos questionamentos. Outrossim, trata-se de mais uma contribuição no processo de compreensão deste tema. O artigo está organizado, primeiramente, dentro de um cunho histórico, que localiza o sujeito negro e suas oportunidades de trabalho, mediante o processo de industrialização no Brasil, a partir do início do século passado, considerando-se que a questão do trabalho foi crucial para sua trajetória socioeconômica e a busca de guarida no esporte. Também, serão abordadas questões pertinentes à capoeira, como manifestação cultural e como, outrora, mecanismo de resistência do negro, frente à expropriação de sua liberdade de expressão. A cultura também trouxe às pessoas negras muitas representações iníquas, que se transformaram em identidades, que atravessaram o tempo e a história e persistem até a contemporaneidade. E, por último, apresenta-se a primeira representação do negro com a Educação Física no Brasil - o que se deu no início do século XX e se estendeu até o período governamental chamado Estado Novo - e como vem ocorrendo o processo de ruptura do sujeito negro, frente aos discursos científicos em nome da cultura do movimento. Esta temática é muito escassa no arcabouço da Educação Física; acredita-se na importância da abordagem focada no sujeito negro, o que contribui significativamente com o esporte mundial, mas, que busca estar em outros cenários e, por isso, vem quebrando com muitos discursos que o colocam dentro de um espaço exíguo de atuação. Sendo o esporte um produto cultural muito divulgado, torna-se um dos maiores fenômenos sociais dos últimos tempos, mobilizando a grande mídia, as grandes empresas de marketing e a opinião pública. O negro e a transição do trabalho agrícola-artesanal para o urbano-industrial Após a inserção do sujeito negro no mundo ocidental, as representações que foram produzidas a seu respeito e o processo de injunção de identidades a que foi submetido, especificaram-no em alguns esportes e, em outros, não. O desempenho dos africanos e afro-descendentes em determinados esportes, de forma marcante, vem despertando o interesse do mundo e das pessoas que estudam o fenômeno esportivo. Altman (2000) acredita que os atletas negros, no século XXI, arrebatarão todas as medalhas olímpicas, tanto nas provas de velocidade, quanto de resistência. Mas, como se deu essa progressão dos(as) negros(as) no esporte? Que condições sociais se engendraram para que se desse esse crescimento nas esferas esportivas, e por que viés a Educação Física teria sua participação, neste contexto? Busca-se, na história, os alicerces para tais investigações e, no advento da industrialização vinda da Europa para a América e, consequentemente, para o Brasil, é possível localizar a raiz. A escolarização - que vai se constituir em uma ferramenta importante no surgimento e no crescimento da industrialização - e o fim da escravidão promoveram a passagem do sistema de produção vigente, de agrícola-artesanal para urbana-industrial. Essa substituição produtiva foi ocorrendo lentamente e, com ela, se verifica a crescente especialização da mão-de-obra. No Brasil, essa nova realidade nas estruturas de trabalho acarretou uma maciça migração europeia, em que o braço escravo foi substituído pelo imigrante e as oportunidades de trabalho nasciam no setor da indústria, que começava a se organizar. Nessa nova faceta do mundo do trabalho, o sujeito negro foi mantido à margem. Sobre essas relações, Gonçalves (1994) comenta que, no decorrer do processo de civilização e contínua racionalização, os indivíduos foram ficando cada vez mais independentes da comunicação empática corporal com o mundo, diminuindo sensivelmente seu potencial de percepção sensorial, seus sentimentos, sua espontaneidade nos movimentos e a mecanização de seus gestos. Assim, o sujeito negro ficou de fora da nova ordem tecnológica da produção e precisou buscar, em novas instâncias, seu meio de sobrevivência e de crescimento pessoal. Suas oportunidades de trabalho, durante muito tempo, foram outras, perfazendo grupos marginalizados, vendedores ambulantes nos grandes centros, empregadas domésticas, estivadores, carroceiros, tropeiros, dentre outros. Enfim, trabalhos em que a força era vista como elemento central. As novas técnicas fabris direcionaram o jeito de ser e de viver das populações, tendo nas revoluções tecnológicas a mola que impulsionou as sociedades a um novo crescimento ou, buscando outras formas de adequação, no caso em questão, para o contingente de pessoas negras. Esse período da história do Brasil, com a implantação da ORT (Organização Racional do Trabalho), nos comentários de Grando (1996), vai ao encontro da era Vargas, época de intensas mudanças sociais e trabalhistas, como também, culturais. No que se refere a esse aspecto, a capoeira volta ao cenário de atuação nacional, uma vez que se manteve afastada dos olhares da lei por muito tempo, servindo como forma de identificação e resistência corporal do negro. Os espaços destinados e ocupados pela população negra convergiram para a marginal das cidades, engendrando favelas, guetos e vilas. É desses cenários que vão se constituir grandes ícones do esporte mundial e que ainda continuam a surgir. Esses locais contribuíram com o esquema corporal de homens e mulheres, principalmente de origem negra, pois, tais territórios foram - e são - de grande ocupação dos afro-descendentes. A questão da territorialidade gerou estigmas de identificação e interesses comuns nas comunidades negras, por onde elas se formassem como: escolas, mutirões, associação, ligas de futebol, dentre outros. Conforme Endler (1984), um exemplo desse contexto territorial foi o que aconteceu na Porto Alegre de 1925, onde a colônia africana, hoje bairro Bonfim, fez surgir a famosa Liga da Canela Preta1; devido ao segregacionismo dos brancos, com relação à participação dos negros nos seus campeonatos de futebol, evidenciando-se a ocupação do negro na periferia da cidade e a busca e o estabelecimento de seu espaço lúdico, nos campos de futebol de várzea. A corporeidade do negro, frente ao mercado de trabalho, de certa forma, se apartou da coerção corporal a que foram submetidas as pessoas brancas dentro das indústrias alienantes, já que seu corpo serviu de resistência contra a domesticação dissimulada do uso social e político do corpo, tendo bastante ênfase na música, na dança e, principalmente, no esporte. Como comentado anteriormente, as oportunidades de trabalho dos negros, comparadas com a população branca, foram diferentes, sendo, em sua maioria, em trabalhos informais que ainda guardavam reminiscências da proximidade com o pós-escravidão. História, cultura e produção de identidade É inegável que a capoeira teve um papel preponderante na história cultural dos afro-descendentes no Brasil, além de representar uma atividade corporal que ia além do aspecto de uma técnica de luta, serviu, no período colonial, como uma forma estratégica de resistência física e cultural contra a escravidão. Segundo Reis (1997), a capoeira, no Brasil, esteve vetada durante muito tempo pelo decreto número 487, de outubro de 1890. Nele, percebe-se a produção de algumas representações que geraram identidades no sujeito negro, a partir dos efeitos de verdade que elas produziram no pós-cativeiro, como: formadores de bando ou malta, vadios, malandros, desordeiros, preguiçosos, etc.. Todas essas representações passaram a conviver com os afro-descendentes, frente à sociedade brasileira, que queria um negro dócil e comportado e que aceitasse a condição de inferioridade. Já na América do Norte, os negros, no período escravagista, foram coibidos de manifestar sua cultura corporal na forma de dança, assim como na religião, sendo que, nessa última, deu-se o processo de aculturação. Esses aspectos levaram ao entoar de cânticos, como expressão de desgosto, frente à situação de penúria da condição escrava. Nos estudos de Oliveira (2001), os negros spirituals, como foram chamados os cativos boreais, deram início à forma de lamento chamado blus, um tipo de canção que se popularizou por todo o mundo. Traçando um paralelo dos negros brasileiros e estadunidenses, pode-se notar uma maior vinculação cultural dos brasileiros, principalmente para o futebol, a dança e, também, a música. Já entre os norte-americanos, para o basquete, o atletismo e, fundamentalmente, a música. De certa forma, existe uma semelhança, quanto às manifestações corporais na prática dos esportes e em nível artístico, sendo necessário frisar que essas identidades foram reforçadas, frente às circunstâncias sociais desfavorecidas e às oportunidades a que os negros foram submetidos, ao longo da história. Tal situação, de certa forma, colocou a população negra na dependência direta com seu corpo, ou seja, os negros necessitaram adquirir um corpo forte para o trabalho pesado, no qual se viram inseridos pelo processo de exclusão social. Os locais destinados às pessoas negras, com o desenvolvimento sociocultural, fomentaram os discursos das identidades sociais, culturais e esportivas. E, como comenta Capoeira (1996, p. 42): “é exatamente por ter sido sempre tratado como corpo que encarna exclusivamente trabalho que este lado da cultura africana se viu reforçado para que se estruturasse estrategicamente, visando à preservação e ao fortalecimento do corpo como instrumento de transmissão de cultura”.


O ATLETA  NEGRO NO BRASIL

No Brasil, desde os tempos de Rui Barbosa, a cultura europeia foi idealizada pelas elites vigentes, como modelo de uma sociedade burguesa que inspiraria o ideal de liberdade e um espírito revolucionário nos trabalhadores brasileiros e teve guarida no período do Estado Novo. A população negra, há pouco saída da condição de escrava, era produzida como desqualificada e analfabeta para os sonhos de crescimento da nova ordem, de cunho positivista; branquear a população transformou-se em um imperativo para o ideário da nação. Essas asserções estão fortemente veiculadas nos comentários de Soares (1994, p. 105), aos emigrantes, que diz: “A imigração atendia a duas preocupações básicas desta nova classe do poder. De um lado dava conta do trabalho, propriamente dito, de modo mais ‘competente’ e até certo ponto criativo, e de outro contribuía para aumentar, no Brasil, a população branca, ainda pequena no final do império”. A autora ainda continua seus comentários sobre os imigrantes e traça uma comparação entre a população brasileira, de maioria negra, na qual inculca passividade e uma servilidade imanada no seu ser, enquanto o imigrante, afirma Soares (1994, p. 104-105), “[...] contribuiu de modo decisivo para viabilizar no Brasil a construção da nova ordem. Foi por assim dizer, o motor do estágio de desenvolvimento capitalista no Brasil naquela época. De um outro lado fez nascer, no pequeno operário brasileiro, as ideias de liberdade, as ideias revolucionárias, as ideias de luta”. As dificuldades encontradas pelos afro-descendentes, até a metade do século passado, ganharam dimensões sociais, culturais e ideológicas que estabeleceram inúmeros discursos, dizendo da incapacidade dos sujeitos negros para o processo de produção, dentro de uma filosofia capitalista que emergia e as traduções em identidades, com as mais variadas atribuições de cunho negativo. Nessa esteira, a Educação Física emergia no Brasil, no início do século XX, como meio de consubstanciar as medidas de melhoria da “raça” da população brasileira, que possuía um grande contingente de população negra e a ela atribuíam comportamentos de servidão e analfabetismo, que dificultariam a escalada do progresso emergente do país.

RESISTÊNCIAS E CONQUISTAS DOS NEGROS NO ESPORTE


 A partir dos resultados de Jesse Owens e do avanço das técnicas de treinamento, a raça negra começou a ser vista como objeto de estudo pela ciência do esporte. O negro passa de uma concepção de inferior, dentro de um movimento evolucionista, darwiniano e eugênico, para a rotulação a certos esportes em que a questão econômica não era um empecilho, como: o atletismo, principalmente nas provas de velocidade, pois, mais tarde os atletas negros se destacariam, também, nas provas de meio fundo e fundo, boxe e o futebol. Na corrente de ascensão do treinamento esportivo, o esporte olímpico fugiu ao ideal do Barão de Cobertim, idealizador dos Jogos Olímpicos da era moderna. A "união entre os povos” era o que ele priorizava, mas, os jogos viraram uma disputa política dentro do esporte. O bloco socialista e o capitalista lutavam por uma superioridade dentro do campo esportivo. Esse período ficou conhecido como guerra fria, onde o primado no esporte era de quem possuía as melhores técnicas de treinamento e conseguia obter os melhores resultados. A fisiologia, a cinesiologia e a anatomia passaram a exercer papel preponderante nesta filosofia; surgem os princípios do treinamento esportivo que vigoram até hoje na preparação física, sendo que, um deles, o da “individualidade biológica”, é o escopo do presente estudo. A individualidade biológica analisa os indivíduos e suas características genotípicas e fenotípicas para dirigi-lo a uma determinada modalidade esportiva e os métodos de treinabilidade. 
Essa nova proposta moldou o sujeito negro a determinados esportes e a representá-lo como corredor nato de velocidade, uma representação gerada a partir do crescente aparecimento de velocistas negros. Como já mencionado, o sujeito negro foi alvo de muitos estudos, dentro do campo esportivo, e a fisiologia procurou decompô-lo em sistemas de funcionamento isolado. Atribuíram o desempenho dos atletas negros velocistas, segundo os estudos de Cintra Filho (1997), ao seu alto percentual de fibras rápidas, quadril mais estreito, quadríceps mais robusto e pernas (segmento do membro inferior abaixo do joelho até o tornozelo) mais finas; tudo isso para proporcionar uma melhor aerodinâmica para o deslocamento em alta velocidade. Também, foram buscar respostas na África, onde os corredores de provas de velocidade provinham da parte ocidental e os de prova de longa duração, da parte oriental; sendo essas duas regiões separadas, geograficamente, durante muito tempo, pela grande fossa africana ao leste, oriundas, no passado, por erupções vulcânicas e ao norte, pelo árido clima do deserto. Outra questão inquietante é que tal supremacia dos velocistas negros e fundistas (corredores de longas distâncias) só ocorre entre o sexo masculino, sendo que, no feminino, existe um equilíbrio. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

RESENHA CRÍTICA DO FILME: COMO ESTRELAS NA TERRA



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RESENHA CRÍTICA DO FILME: COMO ESTRELAS NA TERRA

O filme Como Estrelas na Terra que foi originado na Índia e conta a história de um garoto chamado Ishaan Awashi que sofre de dislexia, na qual trata de uma dificuldade de leitura e escrita, e a partir deste fazer uma análise teórica das representações sociais na educação do indivíduo.
É importante deixar bem claro que a dislexia não se trata de uma doença e sim, de uma má formação do encéfalo que traz dificuldades na aprendizagem, principalmente relacionados a decodificação de códigos. Contudo, o personagem frequentava uma escola normal, onde era incompreendido pelos professores que não tinha a sensibilidade de perceber sua dificuldade e compreender que cada pessoa aprende de forma diferente, e tem habilidades em coisas diferentes, e em cima dessa dificuldade usar métodos adequados de ensino que viesse a estimular a criança para sua aprendizagem.
Com tantas incompreensões, dos professores, da família e principalmente do pai, todos estes fatores desmotivam Ishaan tornando-o uma criança triste, e sem vontade de aprender, até mesmo de ser feliz com as outras crianças, a única coisa que ele tinha vontade era de retornar  à sua casa, pois sentia falta da mãe, que tem um papel de atribuidora de afeto. Além disso, o internato colaborava para extinção desses sentimentos, por manter um modelo disciplinado rígido.
A situação se modificou quando o professor Ram Shankar entrou como substituto. Ram Shankar chegou na escola com uma metodologia totalmente distinta de trabalhar o aprendizado dos alunos, o que o que fez toda a diferença. No primeiro dia de aula apresentou uma forma divertida de obter a atenção dos alunos aos ensinos que estavam sendo oferecidos naquele momento, de forma dinâmica e estratégica, diferente de tudo que já tinha sido apresentados pelos outros professores que eram tradicionais e rígidos.
Logo o professor percebe que na turma há um aluno com dificuldades especiais, pelas experiências que o professor havia na educação fez com que facilitasse o processo da identificação da dificuldade que a criança sentia, chegando a conclusão que tratava-se de dislexia e se propôs a ajudá-lo.
Podemos dizer que com a chegada do novo professor a vida de Ishaan tomou um novo rumo, pois ele soube trabalhar especificamente com o menino e este se passou a sentir mais motivado. Neste processo educativo o professor Ram através do meio das relações estabeleceu entre a criança e seu ambiente, privilegiando a pessoa em sua totalidade, nas suas expressões singulares e nas relações com os outros, e também os laços de afetividade do professor para com Ishaan fez com que o menino conseguisse aprender e se desenvolver, onde se encaixa a teoria de Henri Wallon.
Por isso, os professores e educadores devem estar teórica e metodologicamente preparados para enfrentar esta realidade e saber lidar com os problemas na escola, afim de aumentar as possibilidades de intervenções e formas de se trabalhar essas outras deficiências.
É imprescindível a atenção do professor no processo de aprendizagem do educando, pois possibilita ao mesmo se sentir valorizado e motivado a aprender, além disso a participação dos pais na vida escolar é de suma importância, por favorecer o crescimento da, do educador e da família, com esta equipe em harmonia se estende as possibilidades de melhorias e respostas positivas no processo educacional.
Para concluir, o filme nos traz a oportunidade de refletir a respeito das maneiras de trabalhar as diferenças na educação, e serve como exemplo para todo e qualquer profissional que atue ou deseje seguir nesta  jornada.
  


REFERÊNCIAS:

Khan, Aamir -2007 Como Estrelas na Terra – Toda Criança é especial. Índia: Estúdio/ Distrib: Aamir Khan productions.





terça-feira, 30 de dezembro de 2014

História da Música

A música existe e sempre existiu como produção cultural, pois de acordo com estudos científicos, desde que o ser humano começou a se organizar em tribos primitivas pela África, a música era parte integrante do cotidiano dessas pessoas. Acredita-se que a música tenha surgido há 50.000 anos, onde as primeiras manifestações tenham sido feitas no continente africano, expandindo-se pelo mundo com o dispersar da raça humana pelo planeta. A música, ao ser produzidae/ou reproduzida, é influenciada diretamente pela organização sociocultural eeconômica local, contando ainda com as características climáticas e o acessotecnológico que envolvem toda a relação com a linguagem musical. A músicapossui a capacidade estética de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturaisde um povo ou nação. A música é uma linguagem local e global.
Na pré-história o ser humano já produzia uma forma de música que lhe era essencial, pois sua produção cultural constituída de utensílios para serem utilizados no dia-a-dia, não lhe bastava, era na arte que o ser humano encontrava campo fértil para projetar seus desejos, medos, e outras sensações que fugiam a razão. Diferentes fontes arqueológicas, em pinturas, gravuras e esculturas, apresentam imagens de músicos, instrumentos e dançarinos em ação, no entanto não é conhecida a forma como esses instrumentos musicais eram produzidos.
Das grandes civilizações do mundo antigo, foram encontrados vestígios da existência de instrumentos musicais em diferentes formas de documentos. Os sumérios, que tiveram o auge de sua cultura na bacia mesopotâmia a milhares de anos antes de Cristo, utilizavam em sua liturgia, hinos e cantos salmodiados, influenciando as culturas babilônica, Caldéia, e judaica, que mais tarde se instalaram naquela região.
A cultura egípcia, por volta de 4.000 anos a.C., alcançou um nível elevado de expressão musical, pois era um território que preservava a agricultura e este costume levava às cerimônias religiosas, onde as pessoas batiam espécies de discos e paus uns contra os outros, utilizavam harpas, percussão, diferentes formas de flautas e também cantavam. Os sacerdotes treinavam os coros para os rituais sagrados nos grandes templos. Era costume militar a utilização de trompetes e tambores nas solenidades oficiais.





História da Música Brasileira

A música do Brasil se formou a partir da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos por colonizadores portugueses, escravos e pelos nativos que habitavam o chamado Novo Mundo. Outras influências foram se somando ao longo da história, estabelecendo uma enorme variedade de estilos musicais. Na época do descobrimento do Brasil, os portugueses se espantaram com a maneira de vestir dos nativos e a maneira como eles faziam músicas: cantando, dançando, tocando instrumentos (chocalhos, flautas, tambores).

O maracá era um instrumento muito apreciado pelos índios tupis da costa do Brasil, e os índios costumavam dançar em círculos cantando e batendo os pés.
Um dos cantos dos tupis era dedicado a uma ave amarela, uma espécie de arara, que eles chamavam “Canide ioune” (ave amarela na língua tupi).
A música brasileira mistura elementos de várias culturas, principalmente as chamadas culturas formadoras, que eram a dos colonizadores portugueses (europeia), a dos nativos (indígena) e a dos escravos (africana). É difícil dizer com certeza, quais foram os elementos de origem, mas sabemos que alguns instrumentos musicais, por exemplo, são tradicionais de certas culturas.

Os primeiros professores de música no Brasil foram os padres Jesuítas,responsáveis pela catequese dos indígenas, a partir de 1549. No sul do Brasil,os Jesuítas construíram as Missões, que era um projeto que além de levarcultura aos índios guaranis, também os ensinavam a religião católica,agricultura, e música vocal e instrumental, criando após dez anos, orquestrasinteiras só de guaranis. Os padrões de interpretação e estilo, obviamente eram todos da cultura europeia, e o objetivo era acima de tudo catequético, com escassa ou nula contribuição criativa original da parte dos índios.Com o passar dos anos, os índios remanescentes dos massacres e epidemias aos quais sofreram durante todo esse período, foram se retirando para regiões mais remotas do Brasil, fugindo do contato com o homem branco, e sua participação na vida musical nacional foi decrescendo, até quase desaparecer por completo. Os indígenas não deixaram seus traços na construção da musica brasileira, apenas em alguns gêneros folclóricos, mas de forma bem passiva, perante a imposição da cultura colonizadora.
 









O século XX surge como o século das experiências, da procura de novos caminhos na música e nas artes em geral. No século XX assiste-se ao demonstrar das formas convencionais e à valorização e novas perspectivas, à procura de novos materiais e à utilização de recursos trazidos pelos avanços tecnológicos. Acentua-se a tendência para valorizar culturas até então esquecidas. Os novos meios de transporte e comunicação facilitam as trocas culturais e fazem com que se reconheça na música Moderna influências muito variadas.
O aparecimento da gravação sonora abre um mundo novo à produção musical. A procura de novas sonoridades faz com que os compositores explorem sons produzidos por objetos, transformando-os em instrumentos musicais. Os instrumentos convencionais são transformados e preparados de forma a alargar as suas possibilidades tímbricas. O timbre, nesta época, é talvez o parâmetro mais valorizado na música.
Surgem os primeiros instrumentos electrónicos, que ficarão para sempre ligados à música Pop e Rock, embora também estejam presentes noutros géneros musicais.
Entre os mais importantes compositores da música contemporânea, incluem-se:
Karlheinz Stockhausen, considerado um dos maiores compositores do final do século XX, suas obras revolucionam a percepção de ritmomelodia e harmonia. De suas obras mais ousadas, destacam-se o Quarteto de cordas com helicópteros, (em alemão, Helikopter-Streichquartett), que é realmente tocado por um quarteto de cordas e quatrohelicópteros, sendo o resultado de um trabalho de mais de dez anos; e a ópera Licht, baseada em textos sânscritos e budistas e que tem suas partes distribuídas nos dias da semana.












Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_contempor%C3%A2nea






















Questionário sobre Inteligência Artificial

  1. O que é inteligência artificial (IA)? A) Um tipo de hardware de computador B) Um sistema que simula a inteligência humana C) Um softwar...