GASTROINTESTINAIS
O trabalho tem como objetivo avaliar a
prevalência de complicações gastrointestinais e a adequação calórico-protéica
de pacientes críticos em uso de terapia de nutrição integral. A ingestão de substâncias
incomuns, não digeríveis pelo trato gastrointestinal, leva ao seu
acúmulo e formação
espontânea de corpos estranhos, sendo genericamente chamados de bezoares.
A Cirurgia gastrointestinal é a parte do
processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma intervenção manual ou
instrumental no estômago e no intestino uma vez que gastrointestinal é relativo
ao estômago e ao intestino. As principais cirurgias são as gastrectomias,
ostomia, hernioplastias, apendicectomias e hemorroidectomia.
Fica evidente
a importância do
diagnóstico precoce para o tratamento do sistema digestivo quanto mas cedo for diagnosticado o problema, mas cedo será evitando esses tipos de complicações.
diagnóstico precoce para o tratamento do sistema digestivo quanto mas cedo for diagnosticado o problema, mas cedo será evitando esses tipos de complicações.
Preparo gastrointestinal
Em
determinadas cirurgias, existe a necessidade de preparo intestinal e/ou
passagem de sonda nasogástrica. O cuidado realizado para o esvaziamento
intestinal tem por finalidade evitar o traumatismo acidental de alças
intestinais nas cirurgias abdominais e pélvicas, além de facilitar a visão do
campo operatório, e evitar o risco da liberação do conteúdo intestinal, ou
contaminação acidental do peritônio pelas fezes. Geralmente se faz uso de
laxativos, clister, ou limpeza mecânica do cólon com sondas e utilização de
soluções. Os laxativos são medicamentos que são ingeridos por via oral, que
estimulam o esvaziamento intestinal, o clister tem por finalidade esvaziar o
intestino inferior do conteúdo fecal, sendo administrado por via retal. Os
pacientes que são internados no mesmo dia podem ser orientados a receber um ou
mais clisteres em casa, na noite que precede a cirurgia que, no entanto requer
uma excelente educação. Este cuidado
pode ser desconfortável para o paciente, sendo assim a orientação sobre o
procedimento é de grande importância para ele.
Gastrectomia
A gastrectomia
total é considerada um procedimento de alto nível de complexidade, apresenta
taxas de complicações elevadas, tanto locais como gerais, pois os doentes na
sua maioria estão com as condições clínicas e nutricionais comprometidas pela
doença.
A
gastrectomia total é um procedimento que requer experiência do cirurgião, de
sua equipe, empregando técnica cirúrgica aprimorada para minimizar as
complicações pós-operatórias. As complicações pós-operatórias requerem cuidados
no controle das infecções, das vias aéreas e cuidados nutricionais, diminuindo
a mortalidade, aumentando a sobrevida e contribuindo para a qualidade de vida
do doente.
O
tratamento cirúrgico é o mais indicado, contribuindo para elevar
consideravelmente a sobrevida de seus portadores. Basicamente o doente é
submetido à gastrectomia subtotal ou total, obedecendo a princípios
oncológicos.
Hernioplastia
A
cirurgia de reparo de hérnia com tela é mais frequentemente recomendada para
pacientes com hérnia inguinal, que ocorre quando uma porção do intestino
empurra através de uma área fraca no abdômen, criando uma protuberância.
Sintomas de uma hérnia podem incluir dor, particularmente durante ações como
tossir, levantar objetos pesados, ou exercitar-se. Apesar de nem todas as
hérnias serem perigosas, o reparo pode ajudar o paciente a sentir menos dor.
Como em todos os procedimentos cirúrgicos, a reparação de hérnia com tela pode
resultar em complicações; razão pela qual os pacientes deveriam ter um bom
entendimento do dano que pode ocorrer após a cirurgia.
Como as cavidades
internas do corpo são expostas durante a cirurgia, os pacientes podem ter
infecções dolorosas seguindo a cirurgia. Bactérias podem invadir o sítio
cirúrgico e levar o corpo a rejeitar a tela recém instalada. Sintomas desse
tipo de infecção incluem vermelhidão, inchaço no local da ferida, febre e dor.
Os tratamentos para essas infecções incluem a remoção da tela e terapia com
antibióticos, para livrar o corpo da bactéria nociva.
As
complicações inerentes às Herniorrafias, são na generalidade, raras, pouco
graves e auto-limitadas.
Os Hematomas, os Seromas e as Infecções da ferida operatória, são os problemas mais comuns e geralmente respondem bem a medidas conservadoras
No entanto poderá acontecer: Hemorragia (muito pouco comum mas pode ocorrer após traumatismo vascular)
Os Hematomas, os Seromas e as Infecções da ferida operatória, são os problemas mais comuns e geralmente respondem bem a medidas conservadoras
No entanto poderá acontecer: Hemorragia (muito pouco comum mas pode ocorrer após traumatismo vascular)
Secção do
Cordão Espermatico
Lesão de
Nervos
Lesão da
Bexiga
Apendicectomia
Apendicite é a inflamação de um pequeno
órgão linfático, o apêndice. Na maioria das vezes, o problema ocorre por obstrução
da luz dessa pequena saliência do ceco pela retenção de material com restos
fecais e é acompanhada de estase. Como esse conteúdo é rico em bactérias,
quando elas proliferam, provocam um quadro inflamatório-infeccioso, a
apendicite.
Geralmente, as pessoas não se assustam
com o diagnóstico de apendicite, uma doença conhecida, banal até. Acham que uma
cirurgia simples resolve o problema rapidamente através de um pequeno corte no
lado direito do abdômen ou por via laparoscópica. Entretanto, às vezes, apendicite
é uma doença grave que exige cirurgias complicadíssimas e atenção redobrada.
As principais complicações da
cirurgia para apendicite são a prisão de ventre e a infecção da ferida e, por
isso, quando o paciente fica mais de 3 dias sem defecar ou apresenta sinais de
infecção, como vermelhidão na ferida, dor constante ou febre acima de 38ºC deve
informar o cirurgião para iniciar o tratamento adequado.
Os riscos da cirurgia para
apendicite são raros, surgindo principalmente em caso de rompimento do apêndice.
Bariátrica
Como
já dissemos, a cirurgia para cura da obesidade grave (cirurgia bariatrica) não é um milagre e sim uma
troca que na grande maioria das vezes é altamente vantajosa. No entanto, como
em toda cirurgia, podem ocorrer complicações.
Nos
pacientes operados para colocação de banda gástrica ajustável as complicações
durante a operação e no pós-operatório imediato são menores, seguindo-se uma
mortalidade muito baixa. Esta cirurgia, no entanto, apresenta complicações
tardias em número maior que os procedimentos de by-pass (Capella-Fobi),
geralmente relacionadas a movimentação da banda causando dificuldade na
passagem do alimento ou a extrusão (entrada da banda para dentro do estômago)
que vai necessitar a retirada da mesma.
Nos
pacientes que são submetidos a operação de Capella-Fobi, quando considerados
todos os casos, desde o paciente jovem e sem co-morbidades (doenças associadas
a obesidade) até aqueles com mais idade e com muitas doenças já instaladas, a
mortalidade está abaixo de 2%. As causas que mais contribuem para isto são a
abertura das costuras (na maioria realizadas por aparelhos mecânicos), a
embolia pulmonar e complicações respiratórias. É evidente que os pacientes mais
novos e com menos doenças associadas tem mortalidade menor.
Os
pacientes operados pela cirurgia de Scopinaro têm complicações e mortalidade
imediatas próximas dos submetidos à operação de Capella-Fobi. No entanto, o
controle das deficiências nutricionais a longo prazo tem que ser mais rigoroso.
Nas
cirurgias bariátricas que usam anel ou banda o paciente tem que saber que ao se
alimentar de pedaços grandes principalmente de carne vermelha ou de bagaço de
frutas não mastigados devidamente pode ocorrer obstrução (entupimento) da
passagem, levando às vezes a necessidade de endoscopia para a retirada do
alimento.
Ostomia
Uma ostomia é uma
abertura cirurgicamente criada do trato digestivo ou urinário na superfície
corporal. [3] O termo ostomia refere-se à porção final da víscera oca que
atravessa a superfície da parede abdominal e é baseado na palavra grega para
boca ou abertura.
As complicações das ostomias
digestivas podem ocorrer imediatamente após a realização dos mesmos , ou algum
tempo depois.
O reconhecimento precoce dos
sinais e sintomas de uma complicação, e intervenções pontuais são cruciais para
manutenção de uma ostomia viável e um bom resultado cirúrgico. A avaliação das
complicações periostomais durante o período pós-operatório precoce são
fundamentais para uma adaptação bem sucedida a uma nova situação.
A incidência de complicações
nos pacientes com colostomia é cerca de metade em relação aos pacientes com
ileostomia, e a irritação da pele periostomal é a complicação mais comum nas
ileostomias, que ocorre devido ao vazamento de líquidos, geralmente ocasionado
pelo mau ajuste da bolsa.
Vários fatores
pré-operatórios e intra-operatórios podem contribuir para a ocorrência de
complicações precoces pós-operatórias: o mau posicionamento da ostomia pode
levar no pós-operatório a uma inevitável morbilidade, incluindo dor,
inadaptação do sistema, irritação da pele periostomal, e perturbação da saúde
psicológica; a cirurgia emergente frequentemente obriga a colocação de uma ostomia
numa localização atípica, muitas vezes sem o benefício da cuidadosa marcação do
local da ostomia sob a orientação de um enfermeiro estomoterapeuta; fatores
técnicos também afetam o risco de complicações pós-operatórias imediatas. Por
exemplo, a habilidade do cirurgião para mobilizar e traccionar o intestino
através da parede abdominal influencia a maturação da ostomia. Outros fatores
que influenciam o risco de complicações pós-operatórias incluem hipertensão
intra-abdominal, a dependência de esteróides, e a mal nutrição.
Complicações
precoces
As complicações precoces (ou
imediatas) surgem no período intra-hospitalar e geralmente estão ligadas às
cirurgias de emergência, nas quais frequentemente não há um planejamento prévio
para a realização do ostomia ou ainda, são conseqüências de ostomia mal
localizadas ou daquelas executadas por cirurgiões com pouca experiência.
As complicações que se
destacam entre as precoces são: a isquemia, a necrose, o edema, a retração, o
deslocamento mucocutâneo do ostoma, sepse periestoma e as dermatites.
Conclusão
O trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência de complicações
gastrointestinais e a adequação calórico-protéica de pacientes críticos em uso
de terapia de nutrição integral. Diversas variáveis podem influenciar o estado
nutricional do paciente internado. As patologias instaladas no trato
gastrointestinal e o próprio procedimento
cirúrgico promovem alterações fisiológicas e metabólicas que geram
menor ingestão, absorção e utilização
dos nutrientes, proporcionando a alteração do estado nutricional.
Fica evidente a importância do diagnóstico
precoce para o tratamento do sistema digestivo quanto mas cedo for
diagnosticado o problema, mas cedo será evitado esses tipos de complicações.
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