Conjunto
de representações, imagens, reflexões, signos que produze e descrevem uma realidade sobre o que significa
currículo. Campo de estudo que define-se pelos conceitos que utiliza para
conceber a “realidade” (nesse caso, a
realidade do que é “currículo.
Quando
uma especificação precisa de objetos, procedimentos e métodos para obtenção de
resultados que podem ser medidos passou a ser aceito pela maioria das escolas,
professores, estudantes e administradores escolares.
No
entanto, como esta questão apresenta grande importância no processo
educacional, passou a ser vista como um campo profissional de estudo e
pesquisas, fazendo com que surgissem outras teorias para questionar o currículo
e tentar explicá-lo. As teorias
desempenham várias funções e se convertem em mediadores ou em expressões
da mediação entre o pensamento e a ação em educação.
Nos
Estados Unidos, onde se desenvolveram duas tendências iniciais. Uma mais
conservadora, com Bobbitt, que buscava igualar o sistema educacional ao sistema
industrial, utilizando o modelo organizacional e administrativo de Frederick
Taylor. Bobbitt encontrou ainda suporte na teoria de Ralph Tyler e na de John
Dewey. O primeiro defendia a ideia de organização e desenvolvimento curricular
essencialmente técnica. Por sua vez, John Dewey se preocupava com a construção
da democracia liberal e considerava relevante a experiência das crianças e
jovens, revelando uma postura mais progressivista.
4º) O que distingue uma teoria do
currículo da teoria educacional mais ampla?
A teoria do currículo
busca mostrar que um currículo deve ter
e ser, abrangido pelos conhecimentos selecionados, buscando sempre
justificá-los. A teoria educacional mais ampla busca precisamente
modificar as pessoas que vão seguir aquela teoria.
As
tradicionais, as criticas e as pós – críticas.
A compreensão de currículo é muito precária.
Reconhece-o apenas enquanto proposta de disciplinas e conteúdos. A Teoria
Tradicional de Currículo tem grande responsabilidade a essa visão reducionista
de currículo ao mesmo tempo que conferiu a ele conteúdos implícitos políticos e
ideológicos de dominação e padronização. A aplicação prática do currículo
tradicional, como prática pedagógica, é visível, mensurável, possível, talvez
por isso fortemente presente ainda hoje. A Teoria Curricular Crítica,
preocupada não com objetivos e métodos, mas com as intenções desse objetivos,
dos conhecimento e para quem o são, conferem ao currículo um caráter subjetivo,
que exige comprometimento docente. A prática pedagógica precisa refletir os
fins educativos que se pretende a educação, relacionando-se portanto com o
currículo, ou seja, com o tipo de indivíduo que se pretende construir. Esta
análise pretende compreender porque as importantes implicações da Teoria
Curricular Crítica tem dificuldade de se concretizar na prática pedagógica.
A teoria da crítica se
distingue que não
existe uma teoria neutra, já que toda teoria está baseada nas relações de
poder. Isso está implícito nas disciplinas e conteúdos que reproduzem a desigualdadesocial que
fazem com que muitos alunos saem da escola antes mesmo de aprender as
habilidades das classes dominantes. Percebe o currículo como um campo que prega
a liberdade e um espaço cultural e social de lutas, já as teorias pós-críticas distingue o currículo como uma linguagem
dotada de significados, imagens, falas, posições discursivas e, nesse contexto,
destaca que nas margens do discurso curricular se comunicam códigos distintos,
histórias esquecidas, vozes silenciadas que, por vezes, se imiscuem com o
estabelecido, regulamentado e autorizado.
Através do exame de diferentes conceitos que elas empregam no processo
pedagógico de ensino e aprendizagem para os conceitos de ideologia e poder que
nos permitiriam ver a educação de uma nova perspectiva.